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sábado, 30 de dezembro de 2023

Poema: Ano novo

Sentado na velha cadeira 

Um olhar no horizonte

No ano novo que se anucia

E um coração partido 

Que se perdeu na estrada

No ano velho 

Onde consiguirei forças para mais uma jornada?

Eu não sou forte o suficiente

Tudo que restou 

Foi um pessoa desgastada 

Um olhar no ano que se apresenta

E uma lembrança dos pedaços 

Que ficaro no ano velho 

Samuel S. Lima 30/12/23


Poema: Fortaleza de mentira

 Eu continuo construindo muro

Enquanto o amor se apresenta
Espinhos se esconde em baixo de suas linda pétalas
E os lobos continua a rodear
Enquanto a verdade se ausenta
Na frente do espelho
Vejo um imagem turva
A tempestade se anucia no horizonte
E em mentiras na minha mente
Eu construo como ponte
Sabendo que a desilusão está batendo a porta
Mas prefiro a mentira
Do que a dor da vida
Que espera depois da porta
E os gritos fora do muro
Continua a rugir
E na fortaleza estou a me esconder
Pois a única força que tenho
É a de fugir
E continuo construindo muros
Construindo mentiras
Elas são doce em cada narrativa
E se amarga como feu
Em cada felicidades que estreia na minha frente
Joga na minha cara descrente
O que não é real
E os lobos continua rugindo
Mas é mais suave a mentira que criei
Me torna seguro
E amado
A desilusão me espera depois da porta
Deixe-me segurar mais uma hora
Enquanto o sol declina
E a fortaleza se desmorona
E os muros tomba
Que eu encontre algum conforto no escombros
Onde minhas mentiras não podem me eximir
Encare o feu da verdade
Deixe-me aqui.

Samuel S. Lima 28/12/2023

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Poema: Despedida

 Quando a luz se apagar 

E as cortinas se fecharem 

Não despedirei de ninguém

A cada dia me despeço de pessoas 

Da vida 

Do sonho 

Da esperança

No raiar do último dia 

E no crepúsculo da última noite

Despedirei de mim mesmo 


Samuel S. Lima 

25/12/2023


sábado, 23 de dezembro de 2023

Poema: Reflexão

 Quando me deito

Vejo os céus a desmoronar em desilusão

Depois de uma jornada intensa

Segurando os pedaços de meu coração

Sonhos vem 

Como fumaça nebulosa

Martelando na memória

A fé que falhou 

O sonho que desmoronou

Eu me quebrei em mil pedaços

Enquanto estendia minha frágil mão

Tu viraste as costas

Nem na orla do vestido pude pegar

E agora olhando o caminho

Sem força pra seguir

Não há mais porque lutar

Tu tiraste tudo de mim 

Até minha respiração

A recompensa de minha adoração

Foi apenas a solidão

Eu ti deixo pra traz

Eu arranco parte de ti 

Encrostada em mim

Mas em cada desilusão

Sinto esbaforido som 

De tua gargalhadas por causa de minha derrota

Quero ser arrancado daqui 

Pra longe de ti

Preciso de um tempo pra me recuperar

Queria tanto nunca ter conhecido esse olhar

Deixe-me parti em paz 

Não há mais batalha pra lutar 

Sem esperança em meu olhar

Só me resta jogar meu corpo na beira do caminho

Essa caminhada 

Não poderei mais trilhar. 


Samuel S. Lima 18/12/23


segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Poema: Sentado

 Deixe eu abraçar meus próprios tornozelos

Enquanto eu fico aqui sozinho
Vendo meu mundo desmoronar
Deixe eu segurar minha última lágrima
Enquanto adio a desilusão
Que está a chegar
Deixe-me olha no espelho
O requicio do que já fui
Enquanto minha imagem
Se desfaz como miragem
Nas minhas terras desertas
Deixe eu usar minhas últimas forças
Para sufocar o último grito
Deixe eu fazer minha última oração
Sem resposta
Enquanto retira a última pá de terra
De minha cova
Deixe eu descansar em paz
O sono dos mortais
Que minha memória descanse em ti oh mãe terra
E que em teu ceio encontre alguma paz
Enquanto o deslumbre de minha vida se encerra.

Samuel 17/12/2023

domingo, 17 de dezembro de 2023

Poema: Chegada

 E aos poucos vou percebendo que não existe nada  

Depois da linha de chegada 

Nem sei se sobrará algum bocado de mim 

Depois de partes de mim ter ficado pela caminhada 

Hematomas marcado como resgitro 

Em minha pele 

Rugas no espelho 

E um semblante caído na janela 

Em cada páginas viradas 

Uma desesperança

E em cada parágrafo um lágrima 

E no horizonte a faixa de chegada 

Se desfanece em cada curva 

Enxurradas de truamas 

Esbranquiçadas nas folhagens

Na faixa cortada, um corpo 

Esgotado pela vida 

Ofegante com sua partida 



Samuel 17 Dezembro de 2023







Poema: Tristeza

 

Se apresenta como uma velha amiga

Que desde a minha infância me acompanha

Se escondem nas sombras 

Enquanto a luz machuca meus olhos

E em meio ao furacão da vida

Seus braços me parece acalentador

Mantenho atento aos seus sinais 

E como mostro assustador 

Que paira ao meu redor 

Sinto seu sopro aos meus ouvidos 

Sussurrando

Mas em meio a incerteza

Seus braços me parece tentador

Eu me rendo a sua melodia e a sua calmaria.


Samuel 17 de Dezembro de 2023 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Poema: Eterno banco de praça

 Minha vida é um eterno banco de praça

Onde as pessoas passam 

Aproveita o momento 

E segue suas vidas 

E o que me resta é apenas oferecer o descanso ao próximo

Em eterno solidificado

Estado de imutável de espera 

Sob a ótica do horizonte

Em inconstante idas e vidas 

Em mais uma chegada 

Estagnado espero 

A tua partida 

Em mim não fazes morada 

E o que resta diante de mim 

É apenas mais uma estrada 

Um andarilho

Passageiro

Forasteiro

Sentado em um banco de praça 

Em passagem temporária se mantém 

E em partida rápida se ausenta 

E na minha essência

Resta apenas saudades

Olhando o desaparecer de mais um no horizonte

E em mais uma partida 

Uma história

Uma retórica de mentira

Ludibriada de vaidade 

E na minha avançada idade 

Só me resta um olhar lacrimejado

Olhando o passado 

E em cada oferta diária 

Minha vida um eterno banco de rodoviária 


Samuel 01/12/2023


domingo, 26 de novembro de 2023

Poema: Sem forma

 Eu sou a voz nunca ouvida

O rosto do outra lado da mesa
Sem aparência esquecida
O som que não ecoa
E as mãos estendidas

A voz silenciada
O coração não amado
A partida sem regresso
Silenciadado em excesso

A opinião nas roda de conversa evitada
Desfigurada forma
Imagem sem reflexo
Gemido inexpressado

Eu sou o contexto
Descontextualizado
A cor rotularizada
A negritude criminalizada

A voz no gueto
O abatido no beco
A cor no noticiário
O adjetivo ao invés de nome
Na machete estampado

No discurso sou mimi
Na crítica vitimismo
Na entocado
O adolescente vítima do tiro

Na manifestação
Sou diversidade
Mas nas ruas
Sou rosto desfigurado

Na pós revolta
Eu sou estado solidificado
Situação imutável
No regresso da passeata
Eu volto ao anonimato

Samuel Sousa Lima ( 23 /11/2023)

Poema: Desesperança

 Enquanto eu fico aqui se apagando no tempo

Em palavras não dita

Em grito entalado no peito 

Me perco no tempo

Me escorro em frágil esperança

Que se esvai pela minhas trêmulas mãos

Me desfaço da expectativa da vida 

Não há mais o que esperar dessa existência

Já pode esvair meu fôlego de vida 

Talvez em outra existência

Em outro ciclo

Eu posso encontrar a liberdade

Que um dia almejei. 


Samuel Sousa Lima 23/11/23


segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Poema: Fingimento

 Deixe me fazer de valente 

Enquanto seguro a última gota de sangue

Que insisti em sangrar 

Deixe no meu silêncio

Enquanto me engasgo com o grito 

Que esforço, dentro de mim, aprisionar


Já posso olhar para trás

E ver no cais 

A vida que ficou para trás


Deixe, me deixe 

Eu despedir da esperança

Dessa tola criança

Que já não existe mais 


A primavera falhou 

O outono pulou 

E a brisa da esperança

A tão sonhada 

Se mostrou como verdadeiro vapor 

Em verão se tornou 

E só há desolação


Deixe-me lamentar minha existência

Não a coerência alguém lamentar 

Pois sou eu que depois do deserto 

E do mar de desgosto 

Vou no espelho meu rosto 

De falhas e de indignação 

Visualizar 


Deixe me murmurar

No silêncio 

Segurando minha lamúrias

Enquanto a última gota de lágrima 

Do meu olhos 

Insiste em rolar 


Deixe me cessar meu pranto 

Seguir no meu desencanto

Do sonho quebrado 

E da vida pacata

Que tenho que retornar


Deixe eu seguir a minha vida 

Sem expectativa

Sem encanto 

Pois é melhor ficar no meu canto 

Do que na tua esperança falida 

Eu confiar.  


(Samuel 20/11/2023)













sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Poema: Falsa esperança

 O peso da escravidão

Machuca meus ombros
Em esbaforido ar de ansiedade
Reverbera em vibrado dos meus lábios
Os sinais de esgotamento
De anos de espera
E de congelado tempo
De solidão

Queria a liberdade
Mas o tempo passa
E na minha idade
Mostra a prisão
Que me encacerou
Essa triste
Existencialidade

Em meu peito
O grito sufocado
No rosto
A enrugada expressão
Da depressão
E da ansiedade

Que denota
Um tristeza profunda
Uma crescente desesperança
Uma ilutada vida
De passos que não me levaro a lugar nenhum
Mas que em frágil argumento
De uma vida de aparente feliz conota

Sensibilizada pelo tempo
Disoluta na essência
Espera o martirizado vento
Que traga um futuro esplendoroso
Mas se desiludi
Em circunstância
Degradante e morre em ânsia
De ansiedade vomitante.

Samuel Sousa Lima
(10/11/2023)

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Poema: Reconstrução

 Deixe eu catar meus pedaços que ficou pelo caminho

Permita respirar um pouco
Enquanto estou sufocado pelas tuas palavras
Minha vida teria mais sentido
Se não tivesse sido criado nesse hospício
De ideias ultrapassadas
Agora só resta um pessoa ferida
Tentando remendar o coração
Com todos os retalhos que era parte de mim
Do eu que já nem sei mas quem sou
E aos poucos vou encontrando pedaços de mim
Dia após dias, acho meus cacos

Eu estou reconstruindo 
A criança que eu costumava ser
Mesmo sendo impossível vê-la
Ter ideia do que fui
Em retalhos encontro requicios do que fui
Permita o vislumbre do que eu fui
Enquanto a luz se apaga
Enquanto me afundo em mar de solidão
Enquanto tu me joga na cisterna
Deixa eu olhar pela última vez
A vida que tu me impediu de viver

Deixe-me acalmar minha mente
Enquanto eu parto para última jornada
A última de minha vida
Enquanto ajunto os trapos da minha existência
E cálculo o quanto de força ainda me resta
Se elas ainda servirão para arrastar a carcaça que sobrou de meu corpo
Nesse êxodo de liberdade pós escravidão
Do anos de solidão
Que tu me aprisionou
Então me deixe parti
Com o saco de migalhas que tu me presenteou
Como retribuição
Pelos anos de dedicação
Permita eu viaja na solidão
Nessa escuridão
Que é melhor do que a crueldade
De teu braços espinhosos
E de tua suposta compaixão

Me deixa aqui
Enquanto vejo meus sonhos
Caindo como cinzas
Bem no momento em que coloquei a mão no topo
E tu pisaste para que eu caísse
Então não me venha com esse discurso de um ser amoroso
Que joga seu amado em um despenhadeiro porque ama
Eu me arrastei a vida toda em busca de aceitação
Enquanto via apenas teu vulto em cada curva da estrada
Enquanto em cada lágrimas que escorria do meus olhos
Via como um conforto de tua presença
E quando orava, diante de minhas mãos trêmulas
Eu via minha esperança escorrendo pelos meus dedos
Enquanto eu ainda insistia que tu viria me salvar

Deixe me aqui
Com todo o estrago que tuas palavras me provocou
Pois sou eu que vou ter que levantar desses escombros
Enquanto muitos olham pra montanha imóvel esperando ela se mover
Eu e milhares estamos a morrer
Me deixe olhar meus sonhos em cinza caindo
Pois eu perdi a mim mesmo
Implorando por atenção
Me destruí no processo gritando pelo teu nome
E em cada soprar do vento
Ainda espero tua presença
Mas sei que você se perdeu no tempo
Então me deixe aqui voltando ao começo
Enquanto cato meus pedaços pela estrada
E vejo requicios de meus sonhos e esperança
Como cinzas caindo
E sendo arrastados pelo vento
Eu volto ao início sozinho
Cantando meus pedaços
Pelo caminho.

Samuel 03/11/2023

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Poema: Em lágrimas encontro refrigério

 Encontrando refrigerio em meio as lágrimas

Quebrado mas resistente
Estacando o sangramento
Que insistentemente rompe
Na árida mente
Onde crio minhas fantasias
Posso ser livre
Onde nem as amarra do deus
Pode me prender
Em meu cantinho de Delírio
Eu posso ser livre
Mesmo que a circunstância
Insiste em não ceder
Contorcendo em dor
Em minhas lágrimas
Encontro alegria
Para sorrir e seguir
Embaralhada em lembranças
Um reboliço de veracidade
Com Delírio
Entrelaça as linhas do tempo
Perdendo a sagacidade
Do discernimento
Que distorce o real
E traz a loucura
Com seu sabor suave
Que degusta
O ideal
As vezes profano
Mas tão humano
Quanto possa ser nossa materialidade
Mas se esvai
Como poeira sacudida pelo vento
Se sedimenta na sua inutilidade
O qual serviu apenas de miragem
Que arejou meus desertos
E em descontentamento
Me deparo com a realidade
Incontestável
Que desmascara a desilusão
E em lágrimas se liquefaz
Esse oas
Que ao sedento saciou
Veneno que torna o sonho estéril
E em lágrimas encontro refrigério

Samuel 24 de outubro de 2023

domingo, 22 de outubro de 2023

Poema: Liberdade

 

Eu tenho um sonho

De um dia poder abri minhas asas
E poder voar
Guiado pela tão sonhada liberdade
Mas a foice do tempo
Elas de mim arrancou
Em suas cruéis mãos
As despedaçou
Enjaulado pela crueldade
Do destino
Tão distante
De ti
Oh liberdade
Pela janela do tempo
Eu vejo a vida
Lá fora
As aventuras
E as glórias
Que não poderei aproveitar
Em grito de desespero
Sufocado
Sentindo a dor no peito
De ansiedade
Desmorono dentro de mim
Enquanto minhas frágeis mãos
Sustenta a parede da aparência
Do está bem
Mas a desesperança está além
Eu tinha um sonho
De poder abrir minhas asas
Mas sei que tudo isso foi por águas
Arrastada pelo vento
E acoitada pela cruel mão do tempo
Pelos escombros
Da desilusão se perdeu
Espero o sopro refrigerido
Do alento
Que traga consigo
Unguento
Para minhas feridas cicatrizar
Mas sei que minhas asas se foram
Minha liberdade em desgosto
Veio se transformar
Espero o ceder do tempo
Para a porta da minha prisão
Liberar
E com o olhar errante
Sem saber mais o que fazer
Quem sabe no profundo do coração
Ainda exista uma fagulha da tão sonhada liberdade
E em minha vida venha encediar
E a tão sonhada liberdade
Eu possa finalmente alcançar.

Samuel 22 de outubro de 2023.

domingo, 15 de outubro de 2023

Poema: Não a mais ninguém em minha mente


Desaparece a luz da esperança
Só o esbranquiçados olhos
Trazido pelo tempo
A nitidez de tua aparência
Que se translucidava em minha mente
Se esvaiu

Eu via você em cada reflexo do espelho
Materializando meu desejo
E em segredo escrevia a ti meus versos
Lacrimejado de Delírio
E em borrões de erros
Fruto de meus  anseios
Perpertuei a tua imagem
Como um sussurro
Que tagarelava em meio a silêncio
Em minha mente
A esperança de tua chegada
Martirizava
Moendo meu coração
Que sangra
E dói

E em esquecimento
Tu não se acomoda
Se levanta em cada vitrine
Em datas comemorativas
A tua ausência se nota
Em meu olhar
Esperançoso
Refletido na faixada
A minha cara mascara
Que não há mais ninguém em minha mente.

Samuel 15 de outubro de 2023.  

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Poema: Como folha, como chuva

Como folha desprendida da árvore
Me desprendo do remorso
Do amor incondicional
Da entrega 
Como folha pelo vento 
Desgarrante
Sem destino
Me lanço na vida sem ti 
Desprendo do relacionamento tóxico
Velejo pela leveza 
Do ti deixar pra trás
Como chuva 
Eu caio em paz 
Jorro 
Choro
Me desfaço 
Em sutileza
E em força motriz 
Eu me refaço 
Seduzido pelo viver 
Em tuas palavras desvalorizadora 
Deixo de crer
Me lanço no desconhecido
Com chuva sobre os pedregais
Avanço na linha de frente 
Incerta, completamente perdida
Nas nuances da vida 
Ti vejo no cais
Para longe 
Do teu olhar diminuidor 
Deixo a dor 
Para o descanso da paz. 

Samuel 11 de Outubro de 2023

sábado, 7 de outubro de 2023

Poema: Eu ti encontrei

 Eu ti encontrei 

Em uma estrada solitária

Não sei, se o solitário era você ou eu

Mas sei que o destino nos interrompeu

Eu tenho tentado seguir em frente 

Com todas essas lembranças em minha mente 

Mas tudo que lembro

É do quanto meu coração doeu

Talvez, você nen se quer percebeu 


Eu ti enxerguei 

Do outro lado da estrada 

Pela janela do ônibus

Enquanto eu passava

Olhar errante, não sei 

Se era o meu ou seu 

Mas sei quê você nem sequer percebeu


Eu percebi 

Que a vida continua a mesma 

Não sei se a minha ou a sua 

Mas sei que apenas eu 

Continuo pensando em você 


A vida passou, e seguiu seu curso 

Não sei se a minha ou a sua

Mas sei, que ao menos você 

Continuou 

Sem pensar em mim

Com alguém do seu lado

Olhar centralizado

Com a vida cheia de aventura

E sonho realizado

Mas sei

Que a minha nada mudou

O olhar errante 

Solitário

Cheio de lembrança

A vida a mesma

Com suas incertezas 

Sem ninguém ao meu lado

Pensando no passado

Da janela dos meus olhos 

Olhando você do outro lado

Seguindo, enquanto estou paralizado


Samuel Sousa Lima 07 de outubro de 2023 



quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Poema: Prece a esperança

 Que a liberdade de meus olhos esperançosos

Não morra
Que o pulsar do meu coração valente
Não desfaleça
E minha voz silenciada
Não perca a vontade do seu grito
Venho a ti
E rogo-ti
Oh esperança
Não afaste ti de mim
Quando em tombado fracasso
Caio pela linha do tempo
Em esplendorosa vitória do meu delirar
Meu elmo posto em baixo do teu mastro ,
Minha espada caída
Com olha de esperança desfalecido
E com as pernas tremendo
Coloco-me diante de ti
Em busca de refrigério
Para minha alma desgarrante
Selo minhas forças
As poucas que restaram
E aguardo a luz do teu conhecimento
Mas, fraquejada o esperar
Jorro em lágrimas desistente
E sangro em sonhos falidos
Em ti não encontro abrigo
Por que estás tão Insensível?
Pego a espada, o elmo
E parto para última batalha
Olhando o desfecho de minha história
E atrás tu balanças em teu mastro
Com aceno de despedidas
Mas não a vejo como amiga
Pois viestes a me abandonar
Na batalha, tombo
Me vejo a se engasgar
Com o veneno do findar
Sinto se esvaindo o teu sabor
oh esperança
Como sangue que jorra
Como fraqueza que toma a cena
E no último relampejo dos meus olhos
Visualizo o teu acenar
Regosijando a vitória da última batalha
Que nunca se realizará.

Samuel Sousa Lima 04 de outubro de 2023. 



Poema: Memórias e Liberdade

 Escrevo em deprimente desesperança

Os meus anseios, minha inquietude diante da vida
As minhas desilusões, de um constante esperar
Que na fé se fraqueja
E no acreditar se desfalece
Escrevo em desistência constante
Do meu sonhar
Diante da predatória peleja
Desleal e injusta
Desse mundo dominado pela classe dominante
Em que na concorrência da vida
Pelo mínimo existencial
Fatores tão irrelevante
É mais importante do que caráter
Do que profissionalismo
Do que força de vontade
Esbarro constantemente
No ódio das massas
No cinismo
Desfarçado de bondade
Que maqueia sorriso maldoso
E esconde coração odioso
Em anonimato morro
Todos os dias
Parte da minha alegria
Da minha esperança
Da minha constância
Envelhecendo pelo limiar da história
Desfazendo-me em batalhas solitária
Do qual, sei, nunca vou vencer
Tento me esconder
Mas pela superficialidade
Sou constantemente julgado
E pelo pedante conhecimento do julgador
Deslegitimam as minhas qualidades
Pois, não tenho a branquetude que importa
A sexualidade que comporta
O julgo do opressor
Muito menos tenho, financeiramente
A situação econômica
Quer é o motor
Impulsionador
Do suposto meretismo pragmático
Enquanto isso, em desassossego,
No calor do ambiente de meu quarto,
Reviro-me na cama
Em pensamento acelerado
Que importuna, indaga
O que será do meu futuro?
Em avançada idade
Morre o meu sonhar
Sem espectativa de emprego
Espero passar meu desespero
Para minha mente acalmar
Vem se os dias,
Vão se as noites
E no raiar do nascer
Espero no meu ansiar
Que um dia eu tenho asas para voar
E ainda forças
Para alcançar
Minha liberdade
E um dia poder voar 

Samuel S. Lima 04 de outubro de 2023

sábado, 30 de setembro de 2023

Poema: A espera do amor

E muitas vezes
Na tela dos meus olhos
Tu ti materializa
Em cenas de encantos
Apaixonante
Eleva minha alegria
E como tempestades
Que balança, sacode, aterroriza árvores
Avassaladoramente
Faz um rebuliço na minha vida
Na minha mente
Vejo teu encanto
Teu semblante
Tu me fazes mimo

Mas tudo isso se esvai
No final de meu delirante pensar
Como poeira levantada pelo vento
Silenciada e angustiada
Retorna ao seu estado natural
Em silêncio emudecido
Como folhas arremessada
Como calmaria após a tempestade
Como paisagem destruída pelo vendaval
Em paisagem pós furacão
Me vejo
Sem esperança me retorno
Ao meu olhar sem expectativa
A minha mente solitária
Sem você
Tudo sem motivação
Apenas um coração
Que as vezes em expectativas
Ti ver
Mas em desilusão secular
Continua a morrer
Esperando por você
Será se um dia vais aparecer?

Samuel S. Lima 30/09/2023 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Poema: Deslocado

Deslocado

Sem pertencimento
Não por escolha
Mas por ser deixado de lado
Como uma parte daqueles que não foram alcançado

Sem lar
Apenas um teto
Aonde cubro a cabeça
Mas não cabe meu coração
Faço parte de uma minoria
Do qual muitos sorriam

Traumatizado
Por quem deveria ter me amado

(10/09/2023)

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 26

   Capítulo 26 

O Festival


    Diuna, Luísa e Liu Chan estavam na frete da entrada do centro de convenções esperando Bobby e Nadio que ainda não chegara. Isabele já havia chegado, não ficou na companhia deles, simplesmente havia desaparecido no meio da multidão. As pessoas se entreolhavam entre si, com suas fantasias exóticas, alguns homenageava deuses "pegões", demônios da cultura popular e seres mitológico. 

   Diuna analisava um por um, mais o que lhe chamou atenção foi um grupo de capuz e máscara, que representavam um sociedade secreta. 

   O festival começou e de repente a voz do prefeito ecoou no meio do palco. 

______ Senhoras e senhores bem vindo ao quinquagésimo festival.

_____ Espera quinquagésimo? Houve outros antes? ______ Perguntou Luísa.

____ Não era só uma Inauguração? ____ Questionou Liu Chan atrás de Diuna. 

____ ..... Por mais que os eventos adverso _____ A voz do prefeito continuava ecoar ____ Tenha nos desmotivado, tenha nos entristecido, nós não deixaremos nos abater. Nossa cidade não se sucumbirá ao medo. Pois nós sempre nos erguemos. Como se ergueram os nossos ancestrais ______ A plateia da uma salva de palmas e ele continua ____ Esse é dia que inauguramos o CENTRO DE CONVENÇÕES MITRA, e ao mesmo tempo lembramos da grande festa do fim da colheita, que outrora nossos antepassados comemoro, mesmo quando não tinha mais ânimos para festas ele proclamaro o dia a colheita. 

   O telefone de todos da um bipe e eles olham entre si 

“ Espera ele disse o dia do fim da colheita” mensagem de Bobby.

“ Agora eu entendi” mensagem 2 de Bobby. 

“ Eles não aguentaram comemorar o dia da colheita, porque provavelmente foi o dia em que aconteceu o genocídio dos mortos da lápides sem nome” mensagem de Bobby 3. 

“Então quando o assunto menina do diário diz que eles resolveram comemorar novamente, eles mudaram a data ou seja para o fim da colheita”.

“ Onde você está? _____ Mensagem de Diuna 

“ Coruja. Que menina? Você endoidou? ___ Mensagem de Nadio. 

“ Uma menina de um diário que eu li, gente é hoje”

“ Cadê você? “ ___ Mensagem de Liu Chan.

“....”

____ Nenhuma resposta ____ Disse Liu Chan mostrando seu descontentamento com Bobby. 

____ Gente todo mundo de olho aberto _____ Ordenou Diuna ____ Qualquer um pode ser suspeito e sua vítima com certeza está aqui. 

    Ela saiu andando se afastando do grupo . 

____ Pra onde você vai? _____ Perguntou Luisa. 

_____ Ligar para investigadora Nercy. 

    Ela ligou para a investigadora Nercy, quando se afastou da festa, quando o barulho já não interferia na na ligação e o som do discurso do prefeito já estava quase inaudível, ela ouvia muito baixo som do discurso demagogo do prefeito, aqueles discurso de sempre que são muitas palavras pra pouca atitude, aonde as palavras esbanja um histórico utópico que não condiz com a realidade. 

    Nercy atendeu e enquanto falava com Diuna ela lia a mensagem que Diuna copiara e enviara a ela.

     Diuna Termina de conversar com a investigadora e enquanto voltava pra festa é tomada por um arrepio na espinha, quando ver um sujeito passar vestido igualmente o pessoal da sociedade secreta, ele estava igualzinho, mas se não bastasse o fato dela não ter ido com a cara daquele grupo, esse individuo chamou mais a atenção de Diuna, pois ela percebeu que ele portava um objeto pontiagudos que ela deduziu que fosse uma adaga.

   Ela respirou de susto ____ "É ele!" ____Pensou ela. Ele já tinha varado no meio da multidão. Ela saiu correndo. 


O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 25

        Capítulo 25

Elemento novo. 


   Quando Bobby chegou a casa de Luísa, todos já estava acomodado nos seus lugares e conversavam entre si numa alegria inigualável. Ao abrir a porta, um silêncio se instalou no ambiente, todos pararam como se tivesse visto um fantasma. 

___ Bobby! ____Disse Liu Chan ___ Você está sumido a dias. 

____ Que foi coruja? Esqueceu que pássaros não hibernar?

   Bobby explica a todos que andava meio ocupado e tenta direcionar a conversa para o objetivo que reuniro todos ali.

_____ Então, é... o que vocês descobriram de novo? 

_____ Bem Bobby a Isabele descobriu algo e ela irá nos contar ____Disse Luísa. 

   Todos se viraro para Isabele e ela começou a narrar sua descoberta. 

_____ Bem gente _____ Começou ela com sua voz antipática de sempre ____ Eu estava a procura... bom... eu... eu entrei em  contato com um espírito de um antigo morador da cidade e ele falou sobre um evento ritualístico e que foi feito no dia da festa da colheita. 

_____ Que colheita? _____ Perguntou Diuna.

_____Não sei, a conexão foi quebrada e nunca mais conseguir estabelecer contato. 

_____ Que ótimo o sinal foi _____ Assoviou Nádio acenando com o dedo como se indicasse que o sinal caiu pro chão _____ E a telefo-difunta não conseguir mais ligar. 

_____ Da pra parar Nádio ____ Repreendeu Luísa. 

_____ Qual é seu idiota e você que não fez nada de útil .

_____ Gente vamos nos concentrar _____ Disse Luísa como sempre pondo o grupo na linha _____ Não viemos aqui pra discutir. 

____ Isso não faz o menor sentido ______ Disse Liu Chan. 

____ Na verdade faz ______ Por fim falou Bobby que estava calado, o que não era de costume _____ Se levamos em consideração o contexto histórico do qual se refere o espírito. No início essa cidade era uma vila aonde os aldeões cultivavam seus próprios alimentos e como não havia nenhum tipo de entretenimento, eles faziam suas festas baseada nas fases da lua e no período da colheita. Ou seja a festa que ele se refere é o período em que se inicia a colheita ou seja Setembro. 

____ Espera? Mas não aconteceu nada em setembro Bobby. ____ Disse Luísa. 

___ Verdade! E também, como você disse eles era aldeões que vivia do que plantava _____ Continuou Liu Chan ___ Se eles passava o ano todo comendo do que colheram não tinha como  eles fazerem festa logo no começo da colheita, não havia quase nada no estoque. 

____ Ou seja a festa é feita no final da colheita _____ Disseram os cinco uníssono. 

____ No entanto eu li em um dos diário que... 

____ Que diários Bobby e por que você nunca mencionou  isso pra gente?_____ Perguntou Diuna. 

____ Verdade! Nem pra mim _____ Concordou Isabele.

____ Eu devo ter esquecido ______ Falou ele meio encurralado enquanto tentava omitir o verdadeiro motivo _____ Alguém disse que a festa comemoravam  a colheita do milho ou seja em Novembro. Mas algo acontece e depois disso não se fez mais festa. 

____ Por que razões? Velho! Como o cara ia pegar as meninas? Toma um porre senão tinha festa! ____ Falou Nádio com suas piadas fora de hora. 

____ Qual é? Não é hora. ____ disse Bobby. 

____ Que foi não gosto Coruja , mas quando estamos só, você morre de rir das minha piadas. 

____ Espera... vocês tem saído junto ____ Perguntou Diuna.

____ Ué! Você não se odeiam? _____ Disse Luísa. 

____ É pra investigar _____ Explicou Bobby ____ Então _____ falou ele voltando pro assunto  pra evitar a conversa na direção que estava indo ____ Pararam de fazer festa, então se o assassino for fazer algo, agora só no próximo ano. Todos mundo esclarecido? ... já posso ir. 

____ Enfim vamos festeja _____ Disse Diuna. 

____ Festeja o que? _____ perguntou Bobby. 

___ Ué o digníssimo prefeito _____ Ironizou Diuna, fazedor referência de como a mulher que trabalhava na biblioteca se referia ao prefeito, quando ela e Bobby foram procura algo sobre o passado da cidade ______ Irá nos prestigiar com um centro de eventos para a nossa cidade, mais uma obra executada, mostrando o compromisso do poder público é mais atratividade para cidade, depois de três mandatos, finalmente alguém da família Mitra que se elege sempre, resolvi nos prestigiar_____ discursava ela ___ Com a entrega, e eu digo mais ainda, uma obra que ia sair por 500 mil, custou apenas 1 milhão, tudo isso graças a boa administração do  dinheiro público feito pelo senhor prefeito. 

     Todos ficaro se perguntando o que deu em Diuna pra ter aquele humor em um momento desapropriado. 

____ ahemmm _____ Nadio bateu pauta em aplausos _____ Mas aonde foi que teve essa economia de gasto? ____ Analisou Nadio contando nos dedos. 

____ Na Contas públicas! No retorno ao trabalhador, houve corte, e meio milhão embolsado no bolso do prefeito seu tonto _____ Explicou Bobby para Nadio _____ Doooohhhh. 

_____ Não seja tão cruel ______ Falou Luísa dando um leve tapa nas costas de Diuna. 

_____ Então nós nos encontramos na frente do centro _____ Informou Diuna. 

______ Já estou louca para usar minha fantasia _____ Disse Isabele ____ A minha mandei um estilista da cidade grande fazer

_____ Espera é festa a fantasia? _____ Perguntou Bobby. 

_____ Claro Coruja, você está perdido mesmo heim?

_____ Sim Bobby ____ Informou Liu Chan _____ Você vai não? 


O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 24

 Capítulo 24

Mal presságio



    Superstição acontece quando alguém acredita que um copo ou um espelho que se quebra inesperadamente, é um sinal de que algo ruim irá acontecer. Naquela manhã Bobby acordou com o sentimento de que algo de ruim se anunciava no horizonte e por mais que ele empurrasse esse sentimento pro mais profundo âmago de sua alma, ele tornava voltando, como ânsia de vômito ou como o sentimento de morte. Ele precisa por um fim ali mesmo. Todo o esforço, a busca e perseverança era vislumbrada na tela de sua memória. 

   “O tempo chegou”. 

     Naquele momento de angústia ele olhou o seu celular, havia uma chamada de Nadio e outra de Liu Chan. Ele ignorou todas. Ele precisava se concentrar. Não tinha tempo a perder com nenhum dos dois.

    Olhou ao colocar café numa xícara de porcelana, uma rachadura se anunciou fazendo um pequeno estralo rompendo numa fissura e derramando o café pelo chão. Ele olhou para aquilo e pensou “Realmente o tempo chegou, não há dúvida". Ele enxugava a pequena mesinha que se encontrava suja de café, quando de repente um quadro, o único com foto dele com seus novos colegas, Diuna, Nadio, Liu Chan, Luísa e Isabele, se desprendeu da parede e se espatifou no chão. Ele saiu lentamente em direção ao quadro e o encontrou virado “Definitivamente hoje tudo vai dar errado”.

     Ele apanhou o quadro é ao vira viu a rachadura no vidro que protegia o quadro. Ela havia se partido. O vidro partido mostrava Bobby afastado de seu grupo. “Aliança serão quebradas, e repartidas em 3 partes como ficou aqui,” ele respirou profundamente. Sentou-se a mesa novamente e colocou um novo café para tomar. Recapitulou os acontecimentos até ali. “Como foi fácil andar com eles”, pensou. “Mas a hora decisória chegou”. Continuou pensando. 

     Depois de várias visitas na casa do Senhor prefeito ele finalmente encontrou um diário que falava sobre um ritual que acontecia nas festa do milho, uma tradição dos povos fundadores da cidades e que era realizada uma vez por ano. porém com o passar do anos se perdeu pelo tempo. Ninguém sabia o porquê. Ele comunicou com Isabele e ela achou insignificante a informação. 

    Segunda sessão mediúnica com a médium que Isabele encontrou. Ela havia falado do quanto os anos foram difícil pra ela. “ Os anos foram difíceis com a minha partida. Me lembro como se fosse hoje”. Ele lembrava das palavras mencionada por Isabele em seu transe como se conversasse consigo mesma, porém com duas vozes distintas falada pela mesma boca. “ Rumores na cidade, a inquietação, até o dia que eu morri, na véspera da festa do milho”. Bobby da um salta espera festa do milho? 


Diário da casa de senhor prefeito, “ É véspera da festa do milho, a cidade está um tumulto, as pessoas preparam de tudo, bolo, paçoca, pamonha, canjica e tudo que se possa fazer com milho, as tendas na beira da estrada e o grito do pessoal anunciando que a festa está prestes a começar”. Duas folhas depois “Algo estranho aconteceu, não consigo entender, o barulho intenso na cidade, como se algo tivesse acontecido. É de costume a festa dura até a meia noite, mas parece que hoje não será o caso. Irei descer para aproveita a festa, pois só no ano que vem terá novamente, quando voltar escreverei novamente”. Páginas seguinte tudo em branco. O autor não pôde continuar. Bobby se pergunta porquê? 

    Segundo diário lido por Bobby. Escrito por uma donzela angustiada, ela compartilhar do mesmo sentimento que Bobby tem pela aquela cidade. “Querido diário as coisa não estão muito boa por aqui, o sentimento de culpa e caos se espalhou, desde o último acontecido...”_____ “ Que acontecido ela se referia?”_____ Se pergunta Bobby, enquanto tenta lembrar do que mais ele tinha lido desde a última vez que tinha feito sua projeção astral e  visitado a casa do senhor prefeito. “... por mais que tentamos ignorar o fato de que o mal se instalou nessa cidade, uma coisa é certa, não conseguimos nos livrar da tristeza que se hospedou nela. Eu queria que as ruas se enchesse de alegria como nos festivais, mas depois do acontecido, dificilmente alguém terá coragem de festejar...”

    “Que acontecimentos terá sido esse?” pensou Bobby, “Será se se refere ao mesmo período citado pela bruxa dá lápide que Isabele consultou?”. Terceiro diário quase 10 anos depois alguém escreve algo sobre uma festa cerimonial acontecida em dezembro. “... As aulas terminara, até que fim, mais tarde festejaremos, como a há tempo não festejamos. O prefeito estipulou uma festa do fim da colheita. E por mais que os anciãos da cidade não esteja nem um pouco satisfeitos, a moçada então em êxtase de tanta expectativa. Há tempo não festejamos, mais hoje mesmo debaixo do manto negro da escuridão que invade nossas casas, damos adeus ao suspeitíssimo que outrora nos limitava...”

     Bobby pôs os dois dedos na testa fazendo um círculo com os dedos e se perguntando qual seria a data. Ele empurrou a xícara para o centro da mesa e resolveu ligar para Nadio. 

     Três bipes depois Nadio atende. 

____ Fala Curuja!____ Tanto tempo depois, ele ainda persistia em lhe chamar assim ____ Você não vem? 

____ Oi Nadio! _____ Disse ele com a voz de tédio _____ O que?... Pra onde? _____ Perguntou Bobby sem saber do que se tratava. 

____ Pra reunião do nosso grupo, a Isabele descobriu algo. Vamos nos reunir na casa de Luísa. Você vai não é? 

____ Eu estudo meio ocupado _____ Respondeu Bobby. Ele estava enjoado de tanto analisar os dados que rebuliçava na sua memória. 

____ O que? Qual é coruja? Você que inventou essa de investigação... agora aguenta. Te espero lá. 

____ Tá eu vou! ____ Respondeu Bobby _____ Mas Nadio já havia desligado. Ele olhou ao redor e pensou que seria uma boa sair de casa, nem que fosse para espairecer. Ele já estava sumido por dias. Porque estava determinado ampliar seus poderes e por isso precisava pagar o preço.


O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 23

        

Capítulo    23

      Espanto


   A investigadora Nercy havia chegado a Delegacia, as nove da manhã, ela tinha ficado acordada até tarde debruçada em cima de uma pilha de papel com anotações, e tinha chegada a conclusão que ela devia apelar para a teoria popular. Os dois casos que ela investigava tinha grande chance de ser executado pelo mesmo assassino ou assassina, pois a forma de agir tinha semelhança. Mas o que ela não encontrava era uma prova que desse o paradeiro do seu autor.  

    Nercy passou pela a porta e foi abordada pelo delegado que lhe chamou a sua sala para eles conversarem.

______ Senhorita Nercy! A Senhorita fica mantendo sua postura de Senhorita detentora da verdade e do conhecimento _____ Ele pigarreou temperando a garganta ______ Mas quando iria nos informar que estava encerrando a investigação?

______ O que? ______ Falou Nercy, retomando o fôlego do espanto que tomara com aquela informação_____ Você está delirando?

______ Seu superior ligou para essa delegacia informando que estava encerrando a investigação e que devido não ter mais recursos para manter você aqui, iria tira você do caso.

_____ Eu não fui informada disso... eu...

_____ Ele também falou que você está se recusando a atendê-lo.

_____ Não é isso é só que... meu celular estava descarregado.

_____ Que seja. O fato é que não queremos que você seja afastada do caso e ficamos as cegas, sem saber de nada do andamento da investigação. Senhorita Nercy independente que você chegue ao final e desvende o caso ou não, vai chegar o momento que você irá embora. Porém nós continuaremos aqui, com nossas vidas, com nossa cidade e precisamos continuar trabalhando pra esse povo. O que você acha que irão pensar de nós, se você ir embora e ficamos sem saber de nada da investigação.

______ Eu entendo é só que...

______ Que bom que você entende _______ Interrompeu ele ______ portanto a partir de hoje, eu mesmo acompanharei pessoalmente as investigação e ficarei a par de tudo. 

______ Tudo bem ______ Disse Nercy.

______ Agora eu aconselho a Senhorita ligar pro seu chefe, vocês tem muito pra conversar.

     Nercy saiu para fora em busca de privacidade, ela deu alguns passos e finalmente tirou seu celular do bolso, olhou as várias ligações perdidas que ela ignorara do seu chefe. Ela retornou à ligação e mal deu um bipe ele respondeu do outro lado, como se já estivesse esperando ansiosamente.

_______ Nercy! Por onde você andou? Eu te liguei várias vezes _____Ele parecia nervoso.

______ Senhor Ivilson que merda é essa de você está me afastando do caso? Eu ainda não terminei.

______ Nercy eu estou tão surpreso quanto você,  nunca imaginei que uma cidade tão pequena poderia chamar atenção de gente tão poderosa. Mas....

______ Do que diabo você está falando? _____ Nercy berrou no telefone, enfurecida.

______ O que eu quero dizer é que seja lá quem tenha feito isso, está pessoa é importante ou essa cidade é importante pra alguém, pois todos estão sendo pressionado a parar com a investigação ou por um ponto final.

______ O que você quer dizer em por um ponto final?

______ Culpa alguém e... ou encerrar por falta de novos indícios...

______ Falta de indícios? O criminoso matou duas pessoas, deixou uma mensagem dando indicativo que vai fazer novamente e você está me pedindo um idicio.

______ Não é eu Nercy é....

______ Senhor Ivilson, as morte mostra um certo padrão, e eu tenho uma forte intuição de que haverá mais. 

______ Você tem uma intuição? _______ Falou ele criticamente.

______ Não só eu, mas várias pessoas da cidade...

______ Nercy eu li os relatórios, as suas anotações... quando foi que você passou de analítica para supersticiosa. Suas investigações eram baseada em provas científica, agora você tá buscando aparato nas opiniões de garotos e crendices popular.

_____ Você o que? .... Como teve acesso a isso?

_____ Nercy eu tenho meus meios e como eu disse tem muita gente poderosa interessada em por um fim nessa investigação _____ Ele respirou profundamente do outro lado da linha, alto o suficiente para Nercy ouvir, e perceber seu descontentamento com aquela situação _______ Nercy assuma que essa investigação subiu sua cabeça e que você não tem capacidade para lidar com os fatos.

_____ Escute aqui eu não vou sair daqui eu....

_____ Eu lhe proíbo, tá ouvindo eu lhe proíbo ____ Gritou ele do outro lado da linha _____ Eu hoje mesmo vou cortar os recursos que te mantém aí, mandarei um comunicado a delegacia informando o seu afastamento do caso, assim como um mandado de recolhimento de todas as provas que você tem sobre esse caso. Caso você insiste será presa está ouvindo?

_____ Faça isso e eu entro em contato com a família dos falecidos e convenço-os a fazerem um pedido de investigação particular. Quem mais teria interesse se não os parentes? Além do mais, eu teria maior liberdade se fosse trabalhar como investigadora particular.

_____ Ninguém sabe a identidade dos mortos imagina o nome dos familiares. Como você sabe?

_____ Bem, você não conseguiu ver isso nos relatórios através dos seus métodos não é senhor Ivison? Você tem seus métodos para conseguir as coisas e eu tenho os meus. Agora aguenta a pressão e....

_____ Nercy eu estou sendo ameaçado de perder meu emprego.

_____ Aguenta aí ou você pode me afastar e assistir nos noticiários “ Investigadora resolve prosseguir a investigação mesmo depois de ser afastada, e descobre o verdadeiro assino do caso de Itaúna, fazendo uma descoberta que parecia impossível até para seus superiores que o afastaram”. O que você acha?

_______ Você é insuportável quando quer. 

_______ Então aguenta aí. Eu tenho uma nova pista ______ Mentiu ela.


Poema: Arrastado

 Fui arrastado Pela vastidão deste amor Fraco e desarmado Cego à trama que se urdia Como um inseto ingênuo na teia da aranha Me atirei de ca...