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sábado, 30 de março de 2024

Poema: Iluminei teu mundo

 



Me diminuir como a luz do sol
Reflitida em um pequeno pedaço de espelho
Retroprojetada minha imensidão
Na tua pequenez
Desfocado
Iluminei seu pequeno mundo
E por causa de tua insensatez
Quase me apaguei
Me fiz pequeno
Como a imensidão da luz do sol
Refletida por uma fresta
Mas um dia você viu a minha intensidade
Olhou através da brecha
E isso ti assustou
Não era a magnitude do meu amor
Que era assustador
Mas sua pequenez
Então você mudou sua estratégia
Foi pra outro canto
E se fez rei
Uma pessoa extraordinária
No mundo pequeno
De uma pessoa miserável.


Samuel 30 de Março de 2024

domingo, 24 de março de 2024

Poema: Morreu o sonho da paz

 

Morreu-se o sonho da paz
Junto com ele levou-se a última fagulha de esperança
Nessa terra já não tem mais vida
e até a luz se foi
Cessaram os cantos dos passarinhos
Até a minha voz perdeu o seu brilho
já não há mais canto
Nem encanto
Apenas o amargor na minha alma
que remoi cada lembrança
e cada final de tarde a desesperança
Anuncia o findar
Da melodia
Que morreu o sonho da paz
A última fagulha de esperança
Nessa vida não há mais canto
Não há mais encanto
Apenas esse olhar desesperançado
Que descansa na terra derrotado

Samuel 24 de Março de 2024

Poema: Eu amei

 

Eu amei um dia
E por ele entreguei minha dignidade
Deixei de lado minha indecisão
E me joguei no abismo
sem esperar nenhum braço  pra mim amparar
Sem asas pulei no despenhadeiro
Deixei para trás a minha essência
E me desconstruir em mil pedaços
Me dimuir para caber na sua pequena caixa
E terminei vendo o estrago desse amor
Ele virou as costas e seguiu em frente
E aí que constatei que não vale apena amar
Fazer de tudo por alguém que por ti não faz nada
Eu amei, e amor virou as costa
E um dia desapareceu
Eu ainda tento resgatar
Parte de mim
Que por ele deixei

Samuel S. Lima 23 de Março de 2024

 


E ainda que
Nessa cama
Há quilômetros
De distância
Meus sentimentos pareça loucura
Posso sentir você aqui ao meu lado
Debaixo dessas estrelas brilhantes
Em pensamentos pertubantes
Como essa distância
Pode parar esse sentimento
Que há mil quilômetros de distância
Machuca meu coração
Sangra em paixão

Mas mesmo que você esteja do outro lado do mundo
E seus sentimentos pareça confuso
Aqui há quilômetros de distância
Em uma cama vazia
Minha mente ardente de paixão
Se contorce dentro de mim


(Samuel)

 


Já acabou minha palavras
Já cessou minhas orações
Até meu lamento
Silenciou-se transformando apenas em gemido
E minhas lágrimas evaporaro
Pela falta de gravidade
Diante do meu chão desmoronado

Em murmúrio meus lábios treme
E angústia minha alma se consome
Em ti não encontro esperança
Nenhuma resposta as minhas orações.

Samuel 14 de março de 2024. 

 Está doendo

Como hematoma
Que insiste em inflamar
Pinicando debaixo da pele
E que vez ou outra
Rompe em sangramento
Mas doeria mais ficar
Então parti pra aliviar a dor
Parti, porque ficar doeria muito mais
Parti em buscar de mim mesmo
Do eu que se perdeu no processo
Da buscar pela minha cura
Parti porque onde eu estava já não tinha lugar mais para mim

(Samuel)

 Não posso aceitar 

Que vou morrer aqui

Vendo todos os amores que sonhei

Sendo jogado na minha cara 

Que suas vidas seguiram 

Enquanto eu morro aqui 

No mesmo lugar de sempre


Não quero mais sonhar

Para não ter que enfrentar 

Mais uma desilusão

Em minha frente se desmoronar

(Samuel)


Poema: Afundando no oceano de desilusão

 

Fonte: Pinterest

Afundando nesse mar 
De invisibilidade 
Tampando o grito de dor
Deixe-me aqui 
Descendo para fundo 
Desse oceano gelado 
Em silêncio

Eu vejo pessoa passando 
Fatasmagoricas 
Susurrando entre si 
Ignorando minha realidade
Eu em becos escuros 
Abandonado pela própria sorte 
Espero que você me procure 
Enquanto meu coração dói 
Aqui na escuridão
Se você estivesse aqui 
Eu não estaria em invisibilidade social

Mas em mais um inverno chuvoso
Escondo minhas lágrimas na chuva 
Enquanto meu rosto escorre 
E desmancha a máscara 
Que acabei de retocar
Não há mais esperança pra mim
Não há mais esperança de tu vim

Afundando em oceano de silêncio
Deixe-me aqui
Sufocado com sangramento
Que pulsa de meu coração
Ainda tenho voz 
Pra um último gemido 
Meu ser destemido
Se perdeu na escuridão
Fico aqui vendo a última luz apagar 
A espera do socorro que viria me ajudar
Mas que passou sem ver 
Esse sujeito invisível
Do olhar social,
Deixe-me aqui
Afundar nesse oceano de tristeza
Debaixo desse céu de ilusão

Samuel 02 de Março 2024. 

 Existe uma pessoa aqui 

Que em seu peito grita 

Abafado grito de socorro

Amordaçado na alma

Sufocado nas falas

Ignorado pela platéia

Perfomado em felicidades


Samuel S. Lima 24/02/24


terça-feira, 12 de março de 2024

Poema: Fuligem

 

Conto/Criador: blackhandsg

Toda a luz se dissipou
Diante dos meus olhos
Quando em fuligem de cinza
Meus sonhos caia em fagulhas
Em meio aos flocos de neve branca
Que rompe o gélido céu
Diante de mim não há mais nada
Desse céu não há mais esperança
O som seco do silêncio
Ecoando através do vento gelado
Esvazia minha lágrimas
E carrega para longe o alento
Depois da escuridão, não há mais nada
Nem você, nem o sonho
E já faz horas que o sol se foi
O inverno chegou
Armou sua tenda
E fez morada
Restando somente diante de mim
Um céu escuro
Eu de mãos atadas
Vendo meus sonhos
Como fuligem caindo do céu
E eu aqui imobilizado

Samuel 12 de Março de 2024

sábado, 2 de março de 2024

Poema: É preciso continuar caminhando.

 



Eu caminhei
Mesmo quando os pés doíam
E meu objetivo se esvaia pelas minhas frágeis mãos
Ainda que as dúvidas
Solavancava o meu otimismo
Em minha mente caótica
Destruída pela fé
Não justificada
Pela sonegação da benção
Infundada
Minha carcaças
Tão esvaziada pela solidão do tempo
Pela agonia da expectativa
E por uma vida não desfrutada
Eu arrastei até a linha de chegada
Eu caminhei
Na pós vitória
Mesmo sem os aplausos
No final
O troféu foi a solidão
Um canto escondido na gaveta
Uma história sem floreio do herói
Uma jornada sem histórico
No fim, apenas a barca esperava
Do outro lado do rio
Elísio não me espera
Apenas a escuridão
Eu caminhei mesmo com pedaços de mim
Ficando pela estrada
Perseguir a jornada do herói
Estilo estoico
A paz no mantra
E na minha ânsia
No findar de minha história
Minha alma segue sua própria caminhada
Os caminhantes não dorme
Não descansa
Hoje caminha em direção a seus objetivos
Amanhã vagueia em busca de seu próprio sentido existencial
Eu caminhei
Na vida
Na eternidade
Sigo caminhando
Ontem na luta
Hoje no luto
No amanhã
Me arrastarei em direção ao desconhecido
Deixe em paz o coração
De um eterno caminhante
Que errante
Se arrasta em rumo a imensidão.

Samuel S. Lima
02 de Março de 2024


Poema: Arrastado

 Fui arrastado Pela vastidão deste amor Fraco e desarmado Cego à trama que se urdia Como um inseto ingênuo na teia da aranha Me atirei de ca...