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sábado, 30 de setembro de 2023

Poema: A espera do amor

E muitas vezes
Na tela dos meus olhos
Tu ti materializa
Em cenas de encantos
Apaixonante
Eleva minha alegria
E como tempestades
Que balança, sacode, aterroriza árvores
Avassaladoramente
Faz um rebuliço na minha vida
Na minha mente
Vejo teu encanto
Teu semblante
Tu me fazes mimo

Mas tudo isso se esvai
No final de meu delirante pensar
Como poeira levantada pelo vento
Silenciada e angustiada
Retorna ao seu estado natural
Em silêncio emudecido
Como folhas arremessada
Como calmaria após a tempestade
Como paisagem destruída pelo vendaval
Em paisagem pós furacão
Me vejo
Sem esperança me retorno
Ao meu olhar sem expectativa
A minha mente solitária
Sem você
Tudo sem motivação
Apenas um coração
Que as vezes em expectativas
Ti ver
Mas em desilusão secular
Continua a morrer
Esperando por você
Será se um dia vais aparecer?

Samuel S. Lima 30/09/2023 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Poema: Deslocado

Deslocado

Sem pertencimento
Não por escolha
Mas por ser deixado de lado
Como uma parte daqueles que não foram alcançado

Sem lar
Apenas um teto
Aonde cubro a cabeça
Mas não cabe meu coração
Faço parte de uma minoria
Do qual muitos sorriam

Traumatizado
Por quem deveria ter me amado

(10/09/2023)

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 26

   Capítulo 26 

O Festival


    Diuna, Luísa e Liu Chan estavam na frete da entrada do centro de convenções esperando Bobby e Nadio que ainda não chegara. Isabele já havia chegado, não ficou na companhia deles, simplesmente havia desaparecido no meio da multidão. As pessoas se entreolhavam entre si, com suas fantasias exóticas, alguns homenageava deuses "pegões", demônios da cultura popular e seres mitológico. 

   Diuna analisava um por um, mais o que lhe chamou atenção foi um grupo de capuz e máscara, que representavam um sociedade secreta. 

   O festival começou e de repente a voz do prefeito ecoou no meio do palco. 

______ Senhoras e senhores bem vindo ao quinquagésimo festival.

_____ Espera quinquagésimo? Houve outros antes? ______ Perguntou Luísa.

____ Não era só uma Inauguração? ____ Questionou Liu Chan atrás de Diuna. 

____ ..... Por mais que os eventos adverso _____ A voz do prefeito continuava ecoar ____ Tenha nos desmotivado, tenha nos entristecido, nós não deixaremos nos abater. Nossa cidade não se sucumbirá ao medo. Pois nós sempre nos erguemos. Como se ergueram os nossos ancestrais ______ A plateia da uma salva de palmas e ele continua ____ Esse é dia que inauguramos o CENTRO DE CONVENÇÕES MITRA, e ao mesmo tempo lembramos da grande festa do fim da colheita, que outrora nossos antepassados comemoro, mesmo quando não tinha mais ânimos para festas ele proclamaro o dia a colheita. 

   O telefone de todos da um bipe e eles olham entre si 

“ Espera ele disse o dia do fim da colheita” mensagem de Bobby.

“ Agora eu entendi” mensagem 2 de Bobby. 

“ Eles não aguentaram comemorar o dia da colheita, porque provavelmente foi o dia em que aconteceu o genocídio dos mortos da lápides sem nome” mensagem de Bobby 3. 

“Então quando o assunto menina do diário diz que eles resolveram comemorar novamente, eles mudaram a data ou seja para o fim da colheita”.

“ Onde você está? _____ Mensagem de Diuna 

“ Coruja. Que menina? Você endoidou? ___ Mensagem de Nadio. 

“ Uma menina de um diário que eu li, gente é hoje”

“ Cadê você? “ ___ Mensagem de Liu Chan.

“....”

____ Nenhuma resposta ____ Disse Liu Chan mostrando seu descontentamento com Bobby. 

____ Gente todo mundo de olho aberto _____ Ordenou Diuna ____ Qualquer um pode ser suspeito e sua vítima com certeza está aqui. 

    Ela saiu andando se afastando do grupo . 

____ Pra onde você vai? _____ Perguntou Luisa. 

_____ Ligar para investigadora Nercy. 

    Ela ligou para a investigadora Nercy, quando se afastou da festa, quando o barulho já não interferia na na ligação e o som do discurso do prefeito já estava quase inaudível, ela ouvia muito baixo som do discurso demagogo do prefeito, aqueles discurso de sempre que são muitas palavras pra pouca atitude, aonde as palavras esbanja um histórico utópico que não condiz com a realidade. 

    Nercy atendeu e enquanto falava com Diuna ela lia a mensagem que Diuna copiara e enviara a ela.

     Diuna Termina de conversar com a investigadora e enquanto voltava pra festa é tomada por um arrepio na espinha, quando ver um sujeito passar vestido igualmente o pessoal da sociedade secreta, ele estava igualzinho, mas se não bastasse o fato dela não ter ido com a cara daquele grupo, esse individuo chamou mais a atenção de Diuna, pois ela percebeu que ele portava um objeto pontiagudos que ela deduziu que fosse uma adaga.

   Ela respirou de susto ____ "É ele!" ____Pensou ela. Ele já tinha varado no meio da multidão. Ela saiu correndo. 


O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 25

        Capítulo 25

Elemento novo. 


   Quando Bobby chegou a casa de Luísa, todos já estava acomodado nos seus lugares e conversavam entre si numa alegria inigualável. Ao abrir a porta, um silêncio se instalou no ambiente, todos pararam como se tivesse visto um fantasma. 

___ Bobby! ____Disse Liu Chan ___ Você está sumido a dias. 

____ Que foi coruja? Esqueceu que pássaros não hibernar?

   Bobby explica a todos que andava meio ocupado e tenta direcionar a conversa para o objetivo que reuniro todos ali.

_____ Então, é... o que vocês descobriram de novo? 

_____ Bem Bobby a Isabele descobriu algo e ela irá nos contar ____Disse Luísa. 

   Todos se viraro para Isabele e ela começou a narrar sua descoberta. 

_____ Bem gente _____ Começou ela com sua voz antipática de sempre ____ Eu estava a procura... bom... eu... eu entrei em  contato com um espírito de um antigo morador da cidade e ele falou sobre um evento ritualístico e que foi feito no dia da festa da colheita. 

_____ Que colheita? _____ Perguntou Diuna.

_____Não sei, a conexão foi quebrada e nunca mais conseguir estabelecer contato. 

_____ Que ótimo o sinal foi _____ Assoviou Nádio acenando com o dedo como se indicasse que o sinal caiu pro chão _____ E a telefo-difunta não conseguir mais ligar. 

_____ Da pra parar Nádio ____ Repreendeu Luísa. 

_____ Qual é seu idiota e você que não fez nada de útil .

_____ Gente vamos nos concentrar _____ Disse Luísa como sempre pondo o grupo na linha _____ Não viemos aqui pra discutir. 

____ Isso não faz o menor sentido ______ Disse Liu Chan. 

____ Na verdade faz ______ Por fim falou Bobby que estava calado, o que não era de costume _____ Se levamos em consideração o contexto histórico do qual se refere o espírito. No início essa cidade era uma vila aonde os aldeões cultivavam seus próprios alimentos e como não havia nenhum tipo de entretenimento, eles faziam suas festas baseada nas fases da lua e no período da colheita. Ou seja a festa que ele se refere é o período em que se inicia a colheita ou seja Setembro. 

____ Espera? Mas não aconteceu nada em setembro Bobby. ____ Disse Luísa. 

___ Verdade! E também, como você disse eles era aldeões que vivia do que plantava _____ Continuou Liu Chan ___ Se eles passava o ano todo comendo do que colheram não tinha como  eles fazerem festa logo no começo da colheita, não havia quase nada no estoque. 

____ Ou seja a festa é feita no final da colheita _____ Disseram os cinco uníssono. 

____ No entanto eu li em um dos diário que... 

____ Que diários Bobby e por que você nunca mencionou  isso pra gente?_____ Perguntou Diuna. 

____ Verdade! Nem pra mim _____ Concordou Isabele.

____ Eu devo ter esquecido ______ Falou ele meio encurralado enquanto tentava omitir o verdadeiro motivo _____ Alguém disse que a festa comemoravam  a colheita do milho ou seja em Novembro. Mas algo acontece e depois disso não se fez mais festa. 

____ Por que razões? Velho! Como o cara ia pegar as meninas? Toma um porre senão tinha festa! ____ Falou Nádio com suas piadas fora de hora. 

____ Qual é? Não é hora. ____ disse Bobby. 

____ Que foi não gosto Coruja , mas quando estamos só, você morre de rir das minha piadas. 

____ Espera... vocês tem saído junto ____ Perguntou Diuna.

____ Ué! Você não se odeiam? _____ Disse Luísa. 

____ É pra investigar _____ Explicou Bobby ____ Então _____ falou ele voltando pro assunto  pra evitar a conversa na direção que estava indo ____ Pararam de fazer festa, então se o assassino for fazer algo, agora só no próximo ano. Todos mundo esclarecido? ... já posso ir. 

____ Enfim vamos festeja _____ Disse Diuna. 

____ Festeja o que? _____ perguntou Bobby. 

___ Ué o digníssimo prefeito _____ Ironizou Diuna, fazedor referência de como a mulher que trabalhava na biblioteca se referia ao prefeito, quando ela e Bobby foram procura algo sobre o passado da cidade ______ Irá nos prestigiar com um centro de eventos para a nossa cidade, mais uma obra executada, mostrando o compromisso do poder público é mais atratividade para cidade, depois de três mandatos, finalmente alguém da família Mitra que se elege sempre, resolvi nos prestigiar_____ discursava ela ___ Com a entrega, e eu digo mais ainda, uma obra que ia sair por 500 mil, custou apenas 1 milhão, tudo isso graças a boa administração do  dinheiro público feito pelo senhor prefeito. 

     Todos ficaro se perguntando o que deu em Diuna pra ter aquele humor em um momento desapropriado. 

____ ahemmm _____ Nadio bateu pauta em aplausos _____ Mas aonde foi que teve essa economia de gasto? ____ Analisou Nadio contando nos dedos. 

____ Na Contas públicas! No retorno ao trabalhador, houve corte, e meio milhão embolsado no bolso do prefeito seu tonto _____ Explicou Bobby para Nadio _____ Doooohhhh. 

_____ Não seja tão cruel ______ Falou Luísa dando um leve tapa nas costas de Diuna. 

_____ Então nós nos encontramos na frente do centro _____ Informou Diuna. 

______ Já estou louca para usar minha fantasia _____ Disse Isabele ____ A minha mandei um estilista da cidade grande fazer

_____ Espera é festa a fantasia? _____ Perguntou Bobby. 

_____ Claro Coruja, você está perdido mesmo heim?

_____ Sim Bobby ____ Informou Liu Chan _____ Você vai não? 


O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 24

 Capítulo 24

Mal presságio



    Superstição acontece quando alguém acredita que um copo ou um espelho que se quebra inesperadamente, é um sinal de que algo ruim irá acontecer. Naquela manhã Bobby acordou com o sentimento de que algo de ruim se anunciava no horizonte e por mais que ele empurrasse esse sentimento pro mais profundo âmago de sua alma, ele tornava voltando, como ânsia de vômito ou como o sentimento de morte. Ele precisa por um fim ali mesmo. Todo o esforço, a busca e perseverança era vislumbrada na tela de sua memória. 

   “O tempo chegou”. 

     Naquele momento de angústia ele olhou o seu celular, havia uma chamada de Nadio e outra de Liu Chan. Ele ignorou todas. Ele precisava se concentrar. Não tinha tempo a perder com nenhum dos dois.

    Olhou ao colocar café numa xícara de porcelana, uma rachadura se anunciou fazendo um pequeno estralo rompendo numa fissura e derramando o café pelo chão. Ele olhou para aquilo e pensou “Realmente o tempo chegou, não há dúvida". Ele enxugava a pequena mesinha que se encontrava suja de café, quando de repente um quadro, o único com foto dele com seus novos colegas, Diuna, Nadio, Liu Chan, Luísa e Isabele, se desprendeu da parede e se espatifou no chão. Ele saiu lentamente em direção ao quadro e o encontrou virado “Definitivamente hoje tudo vai dar errado”.

     Ele apanhou o quadro é ao vira viu a rachadura no vidro que protegia o quadro. Ela havia se partido. O vidro partido mostrava Bobby afastado de seu grupo. “Aliança serão quebradas, e repartidas em 3 partes como ficou aqui,” ele respirou profundamente. Sentou-se a mesa novamente e colocou um novo café para tomar. Recapitulou os acontecimentos até ali. “Como foi fácil andar com eles”, pensou. “Mas a hora decisória chegou”. Continuou pensando. 

     Depois de várias visitas na casa do Senhor prefeito ele finalmente encontrou um diário que falava sobre um ritual que acontecia nas festa do milho, uma tradição dos povos fundadores da cidades e que era realizada uma vez por ano. porém com o passar do anos se perdeu pelo tempo. Ninguém sabia o porquê. Ele comunicou com Isabele e ela achou insignificante a informação. 

    Segunda sessão mediúnica com a médium que Isabele encontrou. Ela havia falado do quanto os anos foram difícil pra ela. “ Os anos foram difíceis com a minha partida. Me lembro como se fosse hoje”. Ele lembrava das palavras mencionada por Isabele em seu transe como se conversasse consigo mesma, porém com duas vozes distintas falada pela mesma boca. “ Rumores na cidade, a inquietação, até o dia que eu morri, na véspera da festa do milho”. Bobby da um salta espera festa do milho? 


Diário da casa de senhor prefeito, “ É véspera da festa do milho, a cidade está um tumulto, as pessoas preparam de tudo, bolo, paçoca, pamonha, canjica e tudo que se possa fazer com milho, as tendas na beira da estrada e o grito do pessoal anunciando que a festa está prestes a começar”. Duas folhas depois “Algo estranho aconteceu, não consigo entender, o barulho intenso na cidade, como se algo tivesse acontecido. É de costume a festa dura até a meia noite, mas parece que hoje não será o caso. Irei descer para aproveita a festa, pois só no ano que vem terá novamente, quando voltar escreverei novamente”. Páginas seguinte tudo em branco. O autor não pôde continuar. Bobby se pergunta porquê? 

    Segundo diário lido por Bobby. Escrito por uma donzela angustiada, ela compartilhar do mesmo sentimento que Bobby tem pela aquela cidade. “Querido diário as coisa não estão muito boa por aqui, o sentimento de culpa e caos se espalhou, desde o último acontecido...”_____ “ Que acontecido ela se referia?”_____ Se pergunta Bobby, enquanto tenta lembrar do que mais ele tinha lido desde a última vez que tinha feito sua projeção astral e  visitado a casa do senhor prefeito. “... por mais que tentamos ignorar o fato de que o mal se instalou nessa cidade, uma coisa é certa, não conseguimos nos livrar da tristeza que se hospedou nela. Eu queria que as ruas se enchesse de alegria como nos festivais, mas depois do acontecido, dificilmente alguém terá coragem de festejar...”

    “Que acontecimentos terá sido esse?” pensou Bobby, “Será se se refere ao mesmo período citado pela bruxa dá lápide que Isabele consultou?”. Terceiro diário quase 10 anos depois alguém escreve algo sobre uma festa cerimonial acontecida em dezembro. “... As aulas terminara, até que fim, mais tarde festejaremos, como a há tempo não festejamos. O prefeito estipulou uma festa do fim da colheita. E por mais que os anciãos da cidade não esteja nem um pouco satisfeitos, a moçada então em êxtase de tanta expectativa. Há tempo não festejamos, mais hoje mesmo debaixo do manto negro da escuridão que invade nossas casas, damos adeus ao suspeitíssimo que outrora nos limitava...”

     Bobby pôs os dois dedos na testa fazendo um círculo com os dedos e se perguntando qual seria a data. Ele empurrou a xícara para o centro da mesa e resolveu ligar para Nadio. 

     Três bipes depois Nadio atende. 

____ Fala Curuja!____ Tanto tempo depois, ele ainda persistia em lhe chamar assim ____ Você não vem? 

____ Oi Nadio! _____ Disse ele com a voz de tédio _____ O que?... Pra onde? _____ Perguntou Bobby sem saber do que se tratava. 

____ Pra reunião do nosso grupo, a Isabele descobriu algo. Vamos nos reunir na casa de Luísa. Você vai não é? 

____ Eu estudo meio ocupado _____ Respondeu Bobby. Ele estava enjoado de tanto analisar os dados que rebuliçava na sua memória. 

____ O que? Qual é coruja? Você que inventou essa de investigação... agora aguenta. Te espero lá. 

____ Tá eu vou! ____ Respondeu Bobby _____ Mas Nadio já havia desligado. Ele olhou ao redor e pensou que seria uma boa sair de casa, nem que fosse para espairecer. Ele já estava sumido por dias. Porque estava determinado ampliar seus poderes e por isso precisava pagar o preço.


O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 23

        

Capítulo    23

      Espanto


   A investigadora Nercy havia chegado a Delegacia, as nove da manhã, ela tinha ficado acordada até tarde debruçada em cima de uma pilha de papel com anotações, e tinha chegada a conclusão que ela devia apelar para a teoria popular. Os dois casos que ela investigava tinha grande chance de ser executado pelo mesmo assassino ou assassina, pois a forma de agir tinha semelhança. Mas o que ela não encontrava era uma prova que desse o paradeiro do seu autor.  

    Nercy passou pela a porta e foi abordada pelo delegado que lhe chamou a sua sala para eles conversarem.

______ Senhorita Nercy! A Senhorita fica mantendo sua postura de Senhorita detentora da verdade e do conhecimento _____ Ele pigarreou temperando a garganta ______ Mas quando iria nos informar que estava encerrando a investigação?

______ O que? ______ Falou Nercy, retomando o fôlego do espanto que tomara com aquela informação_____ Você está delirando?

______ Seu superior ligou para essa delegacia informando que estava encerrando a investigação e que devido não ter mais recursos para manter você aqui, iria tira você do caso.

_____ Eu não fui informada disso... eu...

_____ Ele também falou que você está se recusando a atendê-lo.

_____ Não é isso é só que... meu celular estava descarregado.

_____ Que seja. O fato é que não queremos que você seja afastada do caso e ficamos as cegas, sem saber de nada do andamento da investigação. Senhorita Nercy independente que você chegue ao final e desvende o caso ou não, vai chegar o momento que você irá embora. Porém nós continuaremos aqui, com nossas vidas, com nossa cidade e precisamos continuar trabalhando pra esse povo. O que você acha que irão pensar de nós, se você ir embora e ficamos sem saber de nada da investigação.

______ Eu entendo é só que...

______ Que bom que você entende _______ Interrompeu ele ______ portanto a partir de hoje, eu mesmo acompanharei pessoalmente as investigação e ficarei a par de tudo. 

______ Tudo bem ______ Disse Nercy.

______ Agora eu aconselho a Senhorita ligar pro seu chefe, vocês tem muito pra conversar.

     Nercy saiu para fora em busca de privacidade, ela deu alguns passos e finalmente tirou seu celular do bolso, olhou as várias ligações perdidas que ela ignorara do seu chefe. Ela retornou à ligação e mal deu um bipe ele respondeu do outro lado, como se já estivesse esperando ansiosamente.

_______ Nercy! Por onde você andou? Eu te liguei várias vezes _____Ele parecia nervoso.

______ Senhor Ivilson que merda é essa de você está me afastando do caso? Eu ainda não terminei.

______ Nercy eu estou tão surpreso quanto você,  nunca imaginei que uma cidade tão pequena poderia chamar atenção de gente tão poderosa. Mas....

______ Do que diabo você está falando? _____ Nercy berrou no telefone, enfurecida.

______ O que eu quero dizer é que seja lá quem tenha feito isso, está pessoa é importante ou essa cidade é importante pra alguém, pois todos estão sendo pressionado a parar com a investigação ou por um ponto final.

______ O que você quer dizer em por um ponto final?

______ Culpa alguém e... ou encerrar por falta de novos indícios...

______ Falta de indícios? O criminoso matou duas pessoas, deixou uma mensagem dando indicativo que vai fazer novamente e você está me pedindo um idicio.

______ Não é eu Nercy é....

______ Senhor Ivilson, as morte mostra um certo padrão, e eu tenho uma forte intuição de que haverá mais. 

______ Você tem uma intuição? _______ Falou ele criticamente.

______ Não só eu, mas várias pessoas da cidade...

______ Nercy eu li os relatórios, as suas anotações... quando foi que você passou de analítica para supersticiosa. Suas investigações eram baseada em provas científica, agora você tá buscando aparato nas opiniões de garotos e crendices popular.

_____ Você o que? .... Como teve acesso a isso?

_____ Nercy eu tenho meus meios e como eu disse tem muita gente poderosa interessada em por um fim nessa investigação _____ Ele respirou profundamente do outro lado da linha, alto o suficiente para Nercy ouvir, e perceber seu descontentamento com aquela situação _______ Nercy assuma que essa investigação subiu sua cabeça e que você não tem capacidade para lidar com os fatos.

_____ Escute aqui eu não vou sair daqui eu....

_____ Eu lhe proíbo, tá ouvindo eu lhe proíbo ____ Gritou ele do outro lado da linha _____ Eu hoje mesmo vou cortar os recursos que te mantém aí, mandarei um comunicado a delegacia informando o seu afastamento do caso, assim como um mandado de recolhimento de todas as provas que você tem sobre esse caso. Caso você insiste será presa está ouvindo?

_____ Faça isso e eu entro em contato com a família dos falecidos e convenço-os a fazerem um pedido de investigação particular. Quem mais teria interesse se não os parentes? Além do mais, eu teria maior liberdade se fosse trabalhar como investigadora particular.

_____ Ninguém sabe a identidade dos mortos imagina o nome dos familiares. Como você sabe?

_____ Bem, você não conseguiu ver isso nos relatórios através dos seus métodos não é senhor Ivison? Você tem seus métodos para conseguir as coisas e eu tenho os meus. Agora aguenta a pressão e....

_____ Nercy eu estou sendo ameaçado de perder meu emprego.

_____ Aguenta aí ou você pode me afastar e assistir nos noticiários “ Investigadora resolve prosseguir a investigação mesmo depois de ser afastada, e descobre o verdadeiro assino do caso de Itaúna, fazendo uma descoberta que parecia impossível até para seus superiores que o afastaram”. O que você acha?

_______ Você é insuportável quando quer. 

_______ Então aguenta aí. Eu tenho uma nova pista ______ Mentiu ela.


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 22

             Capítulo 22

Sobreposição.




    Isabele saiu apressada em direção a Lápide dos mortos desconhecidos, não deu a menor atenção ao interrogatório de Bobby, seu corpo doía, principalmente seus tornozelos, devido ter ficado muito tempo agachada próximo a lápide. Ela caminhou em meio a escuridão, olhou para o horizonte e percebeu que sol já presenteava o céu com um pouco de sua claridade, ela sabia que não tinha muito tempo.

    Ela pôs as mãos em cima de uma das lápides, afastou as folhagem que se acumulavam ali e disse:

     "Imploro, renuo, et attende mandatum meum".

    Nada aconteceu, ela continuou repetindo com mais forças. Bobby todo desengonçado com sua falta de coordenação motora e sua visão embasada, se batia contra as lápides, enquanto varava a escuridão.

    Ele chegou próximo de Isabele, limpou o suor do rosto, enquanto observava ela repetir aquela frase em Latim, que ele logo identificou o que ela dizia, graças as aulas que ele fazia com Madame Clare. 

______ Já deu pra perceber que eles não vão te ouvi.

______ Vê se não enche! _____ Resmungou Isabele.

     Logo um velho raquítico se mostrou com sua cara furiosa, seu nariz pontiagudo e suas sobrancelhas super grossa.

______ Inferno ninguém pode dormir em paz! Quem me incomoda?

______ Responda-me senhor. De que você morreu? E porque não consigo contatar os outros.

______ Não vou responder nada____ Disse ele dando as costas para ela e saindo, como se fosse deixa o túmulo.

______ Redi, te teneo _____ Gritou Isabele, então o fantasma foi tomado por uma força que o paralisou e ele rodou em seu próprio eixo paralisado.

______ Inferno não se pode descansar em paz. Eu morri de Bronquite aguda.

______ O que? Como? _____ Isabele estava atordoada com as revelações, nada fazia sentido. 

______ Você é surda é? Eu morri de Bronquite aguda.

______ E os outros? Que estão enterrado aqui?

______ Como posso saber? Eu já estava morto.

______ Mas você viu quando enterraram...

______ Não colocaram nada. Só foi uma cerimônia e cavaram para colocarem os ossos. Acho que esses indivíduos morreram em outro lugar e queria ser enterrado em sua terra natal então trouxeram os ossos.

______ Isso explica as almas deles estão em algum lugar...

______ Não sei a Médium é você... mas não vi eles, nem nada aí...

_____ Uhummm _____ Isabele olhou aquele velho resmunguento que não queria contribuir com nenhuma informação, suspeitando que ele tinha alguma coisa. O sol brilhou mais forte no nascente e a conexão começou ser quebrada.

______ Agora eu posso ir _____ Gritou o velho. E Isabele o liberou de seu controle. O velho voltou ao túmulo.

______ Retorne e descanse ____ Disse Isabele.




        _______O que você descobriu?_____ Perguntou Bobby curioso.

_______ Eles realmente não estão aqui. É apenas uma sobreposição. Fizeram um túmulo em cima de outro que já existia.

______ Estranho. Tudo bem que pode ocorrer... cavar um cova em cima de um lugar que já foi enterrado alguém. Isso acontece quando os parentes do morto não tem condições de fazer uma lápide em cima do local, ou quando o morto é um mendigo que não teve nem como pagar o local. Mas isso é comum em Cemitério de cidades grande quando já estão cheio, aqui tem espaço de sobra.

_____ Estranhei também. Mas o dia já está raiando. Não é um momento propício para um ritual mediúnico. Voltaremos novamente depois. Além do mais, você não quer ser pego num cemitério xeretando no momento em que todo suspeitam que somos uns criminosos não é?

_____ Verdade!




    Bobby acordou 11:30 da manhã, ele tomou banho e depois abriu a geladeira, ficou olhando ela vazia, só tinha água, nos últimos dias ele não tinha feito diária para ganhar um dinheirinho para se manter. Sua barriga roncou anunciando fome arrasadora. 

    Bobby mal tinha sentado na sua pequena mesa com um prato a sua frente, quando uma sequência de três batizadas ecoou na porta. Ele levantou e saiu em direção a porta.

______ Oi! _____ Era Liu Chan. Era a primeira vez que ele vinha na casa de Bobby.

______ Oi!______ Respondeu Bobby, segurando a porta e pondo só a cabeça do lado de fora, como se tentasse impedir Liu Chan de entrar. 

   Bobby estava todo sem jeito, ele nunca foi de receber ninguém em casa, mas com o acontecimento envolvendo ele com os outros colegas, sua casa tinha recebido nos últimos dias mais visita do que ela recebia em um ano.

_____ Eu andei sumido ______ Disse Liu Chan interrompendo aquele momento constrangedor.

_____ Verdade... eu pensei em passar na sua casa, mas não sabia o que dizer.

_____ Sério! Poderia ter dito oi! _____ Brincou Liu Chan ____ Devia ter ido. Não vai me convidar para entrar?

_____ É que eu... _____ Bobby falou sem jeito, afundado em vergonha, pois sua casa não se comparava a linda casa de Liu Chan.

____ Acho que não vim numa boa hora ______ Falou Liu Chan murchando _____ Espera! Você está com alguém?

____ O que? ____ Falou Bobby quase gritando de surpresa com a suspeita de seu colega____ Eu... Não... é que.. .

____ Qual é então? É por que? _____ Liu Chan empurrou um pouco a porta e pôs a cabeça pra dentro, enquanto Bobby tentava impedir. Não precisou de muito tempo pra Liu Chan vê a pequena casa de Bobby desprovida de decoração e com pouca mobília. Mas o que chamou a atenção de Liu Chan foi um prato na mesa com apenas arroz branco.

____ A entendi tudo! ______ Declarou Liu Chan meio triste pelo amigo. Vamos _____ Ele puxou pelo braço de Bobby.

____ Pra onde?

____ Pra um restaurante.

____ Espera eu não tenho dinheiro.

____ Não se preocupe eu pago.

____ Vou fechar a porta.




    Liu Chan levou Bobby para um pequeno restaurante no centro da cidade, era um restaurante pequeno, mais aconchegante. Havia mesas cobertas com toalhas brancas, com taças, talheres e um jarro com flores de orquídeas que enfeitava a mesa.

_____ Pode escolher o que quiser Bobby _____ Falou Liu Chan.

_____ Por onde você andou? _____ Perguntou Bobby olhando por cima do cardápio.

_____ Eu tiver que sai da cidade. Estava ocupado preparando umas coisas.

_____ Uhunmmm ______ Bobby virou os lábios pro lado e pro outro enquanto lia o cardápio _____ Que coisa seria essas? Que foi preciso sair da cidade.

_____ Você e sua curiosidade _______ Falou ele sorrindo pra Bobby _____ Nada demais só algumas burocracias. Mas não quero falar sobre isso.

_____ E sobre o que você quer falar?

_____ Sobre você?

_____ O que você quer saber? 

_____ Conseguiu fazer o que queria? Afinal sou seu mentor na meditação.

_____ Mais ou menos.

_____ Bobby você não apareceu mais pra meditar, o que leva a crer que você conseguiu. Pode confiar em mim. Você tem que aprender a confiar nas pessoas.

______ Eu confiou é só que...

______ Confiar tanto que... Bobby eu vi hoje em cima de sua mesa... eu nem consigo imaginar que você está passando necessidade e não pensou em nenhum momento me falar. Falar pra alguém.

_____ Pra quem? 

_____ Pra Diuna. Pra mim. 

_____ Diuna já tem seus problemas e você... você sumiu.

_____ Me ligava. 

_____ Eu andei ocupado. Tentando desvendar os crimes.

_____ E o que descobriu? Me conta tudo. Quero ficar a par de tudo que vocês descobriram.

_____ Vocês? Como sabe que eu  estava investigando com outras pessoas?

_____ Espera _____ Liu Chan começou a rir _____ Isso é uma desconfiança.

_____ Você desaparece... some por dias, sabe lá o que estava fazendo. E de repente me chama pra sair. Aparece na minha casa sem avisar... o que dá motivo suficiente para me perguntar se você não está me usando apenas para saber o que eu sei...

_____ Você não está querendo dizer que eu sou o psicopata que anda matando gente por aí não né Senhor Bobby?

_____ Qualquer um que estava na festa é um suspeito. Não foi o que disseram?.... Só não fica com raiva e sai deixando o almoço pra mim pagar, porque realmente eu não tenho dinheiro.

_____ Tá bom nós não fala sobre isso _____ falou Liu Chan enquanto olhava com o olhar cético para Bobby ______ Qual é? Não acha que eu faria isso com você?

_____ Obrigado!

_____ Tá vamos falar sobre o colégio então.

_____ Podemos falar sobre as nossas descobertas recente. Se você quiser saber ainda ______ Liu Chan Acenou com cabeça que sim e Bobby prosseguiu _______ Eu e a Diuna quase fomos mortos, enquanto investigávamos possíveis registros em um biblioteca partícula, a Isabele suspeita que alguém está tentando encobrir o verdadeiro local dos túmulos, onde foram enterrada as pessoas que morreram quando se iniciou a cidade e o restante creio que você já sabe.

_____ Ufa! Quanta coisa. E você tem alguma ideia de como descobrir o local.

_____ Bom se nós descobríssemos alguém que pudesse dizer aonde enterraram, a isabele poderia usar seus poderes para descobrir.

______ Já tentou falar com Dona Zélia? 

______ Ainda não, mas estou pensando nisso.

______ É impressionante como acabamos recorrendo sempre a Dona Zélia, cada vez que temos um questionamento. Não acha que ela sabe demais pra apenas uma senhora de idade?

______ Verdade! Já pensei nisso ______ Falou Bobby pensativo _____ Se bem que ela é uma das poucas pessoas velhas que ainda continua aqui.

______ Existe outras?______ Quem seria? Tem alguém em mente.

______ Estou pensando em alguém em particular _______ Falou Liu Chan enquanto o garçom o servia um Ravioli.

______ Quem? _______ Perguntou Bobby, enquanto girava um vinho na taça e olhava por cima para Liu Chan.

______ Senhor Hector!

______ Senhor Hector... Não é o dono da casa em que Diuna trabalha?

______ Sim!

______ Não achava que ele era uma pessoa tão velha.

______ Ele é bem velho e sabe de muita coisa também.

______ Tá aí uma pessoa que nunca seguir.

______ Você não pode seguir todo mundo Bobby.

______ Como você conhece ele?

______ Infelizmente não posso dizer Bobby.

______ Liu Chan e seus segredos.




  Bobby e Liu Chan um dia depois do almoço que tiveram, resolveram ir à casa de Dona Zélia. Eles foram a pé. A casa dela ficava afastada da cidade. Eles caminharam por um caminho meio fechado pelos matos que cresciam na beira. 

    A casa pareciam abandonada, ervas daninhas cresciam ao seu redor, enquanto sua estrutura mostrava o desgaste do tempo. Bobby colocou a mão na frente interrompendo o avanço de Liu Chan que se dirigia em direção a porta, ultrapassando o limite demarcada pela marca de onde começava o terreiro.

_____ Espera é melhor chamar daqui _____ Disse Bobby.

_____ O que foi? ______ Quis saber Liu Chan.

_____ Não é bom chegar na casa de uma senhora assim. Pode assusta-la.

    Eles bateram palmas e não houve resposta. Liu Chan avançou e Bobby resolveu acompanha-lo. Eles adentraram na casa que estava aberta, no interior havia uma bagunça de objetos empendurados, parecia uma loja onde vende remédios naturais. Havia garrafas com folhas, casca de árvores e uma serie de tranqueiras, chifres, búzios, cordões feito de ossos ou de sementes. No entanto, o que chamou atenção de Bobby foi uns potes que guardava algumas coisas no formol.

______ Olha aquilo ______ Disse Bobby apontando para cima da prateleira que estava a sua frente. Liu Chan subiu e pegou entregando para Bobby.

______ Não acha que já cometemos crime de mais invadindo uma propriedade privada, agora vamos xeretar as coisa particular dela?

______ Vai querer fazer agora ou vai preferir vim aqui em espírito _____ Disse Liu Chan no tom irônico _____ Mas duvido que você queira me propor isso, afinal de contas, era assumir que você pode tocar a matéria no mundo espiritual. Não é senhor Bobby?

_____ Isso são órgãos? _______ Perguntou Bobby tirando o foco da pergunta que Liu Chan acabara de perguntar ______ Estão conservados em Formol.

_____ Verdade, mas pelo tamanho não são de pessoas, provavelmente de animais, olha o tamanho, as características não batem. Espera!... aquilo é ossos?

______ Sim e aí ? _______ Perguntou Bobby entortando a cabeça como que diz eu te falei.

______ Sabe você deveria para com isso?

______ Com o que?

______ Com o hábito de desconfiar de todo mundo... bem os órgãos são de animais e esse ossos senhor Bobby, provavelmente de um primatas, talvez um Macaco, macacos do gênero Alouatta, também conhecidos como “bugios”, porém, popularmente, mais conhecido como Capelão.  Ossos parecido com os dos seres humanos mais não é. Satisfeito?

______ Não mesmo! Por que uma pessoa guardaria isso?

______ Algumas pessoas têm o hábito de guarda coisa, como uma forma de recordar de um bicho de estimação...

______ Ela teria esse tanto de bichos de estimação? _______ Perguntou Bobby, depois de ter aberto uma porta de um armário que guardava uma série de potes com órgão meio que em conserva.

______ Bem! _______ Liu Chan deu uma esbaforisada de descontentamento, enquanto vislumbrava boquiaberto aquela cena bizarra _______ Em algumas cultura se fazem uso de ossos animais na preparação de determinadas garrafadas ...

______ Sério?

______ Não sei Bobby vamos da um fora daqui, isso está me dando náuseas_____ Falou Liu Chan colocando a aba da camisa no nariz, pra impedir de sentir o cheiro do formol que exalava naquele local.

______ Bom você tem que admitir que, uma pessoa que guarda tudo isso, pode muito bem matar pessoas pra recolher...._____Bobby fez uma pausa tentando escolher as palavras certas _____ material, como pele e ossos para fazer sei lá o que. Não é?

_____ Pode ser. Mas não sabemos de nada Bobby. Vamos.





   Naquele mesmo dia Liu Chan levou Bobby para conhecer o Senhor Hector, a princípio Liu Chan se mostrou relutante, para ele não era necessário Bobby ir até a casa do Senhor Hector, ele achava que ele mesmo podia obter as informações que eles precisavam, porém Bobby discordou completamente. Para Bobby aquele trabalho só ele poderia fazer.

     Eles foram caminhando, pois preferiram não passar na casa de Liu Chan para pegar o carro, apenas traçaram uma rota mais reta possível para casa do Senhor Hector. Enquanto caminhavam pela as ruas, Bobby percebiam os olhares das pessoas em relação a eles, ele pegou seu celular e telefonou para Diuna, ele queria que ela estivesse presente, afinal todos concordaram em ajuda nas investigações. Contudo nos últimos dias ninguém tinha tido nenhum progresso.

     Diuna informou a Bobby que encontrariam eles na casa de Hector. Bobby guardou o celular no bolso, enquanto sentia o toque da mão de Liu Chan no seu ombro direito, ele olhou para Liu Chan que fez uma indicação com os lábios fazendo bico, mostrando que as pessoas se amontoavam em cochichos,  naquele momento eles perceberam que não tinha sido uma boa ideia passar por aquela rua, muito menos a pé.


Poema: Arrastado

 Fui arrastado Pela vastidão deste amor Fraco e desarmado Cego à trama que se urdia Como um inseto ingênuo na teia da aranha Me atirei de ca...