Translate

sábado, 30 de dezembro de 2023

Poema: Ano novo

Sentado na velha cadeira 

Um olhar no horizonte

No ano novo que se anucia

E um coração partido 

Que se perdeu na estrada

No ano velho 

Onde consiguirei forças para mais uma jornada?

Eu não sou forte o suficiente

Tudo que restou 

Foi um pessoa desgastada 

Um olhar no ano que se apresenta

E uma lembrança dos pedaços 

Que ficaro no ano velho 

Samuel S. Lima 30/12/23


Poema: Fortaleza de mentira

 Eu continuo construindo muro

Enquanto o amor se apresenta
Espinhos se esconde em baixo de suas linda pétalas
E os lobos continua a rodear
Enquanto a verdade se ausenta
Na frente do espelho
Vejo um imagem turva
A tempestade se anucia no horizonte
E em mentiras na minha mente
Eu construo como ponte
Sabendo que a desilusão está batendo a porta
Mas prefiro a mentira
Do que a dor da vida
Que espera depois da porta
E os gritos fora do muro
Continua a rugir
E na fortaleza estou a me esconder
Pois a única força que tenho
É a de fugir
E continuo construindo muros
Construindo mentiras
Elas são doce em cada narrativa
E se amarga como feu
Em cada felicidades que estreia na minha frente
Joga na minha cara descrente
O que não é real
E os lobos continua rugindo
Mas é mais suave a mentira que criei
Me torna seguro
E amado
A desilusão me espera depois da porta
Deixe-me segurar mais uma hora
Enquanto o sol declina
E a fortaleza se desmorona
E os muros tomba
Que eu encontre algum conforto no escombros
Onde minhas mentiras não podem me eximir
Encare o feu da verdade
Deixe-me aqui.

Samuel S. Lima 28/12/2023

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Poema: Despedida

 Quando a luz se apagar 

E as cortinas se fecharem 

Não despedirei de ninguém

A cada dia me despeço de pessoas 

Da vida 

Do sonho 

Da esperança

No raiar do último dia 

E no crepúsculo da última noite

Despedirei de mim mesmo 


Samuel S. Lima 

25/12/2023


sábado, 23 de dezembro de 2023

Poema: Reflexão

 Quando me deito

Vejo os céus a desmoronar em desilusão

Depois de uma jornada intensa

Segurando os pedaços de meu coração

Sonhos vem 

Como fumaça nebulosa

Martelando na memória

A fé que falhou 

O sonho que desmoronou

Eu me quebrei em mil pedaços

Enquanto estendia minha frágil mão

Tu viraste as costas

Nem na orla do vestido pude pegar

E agora olhando o caminho

Sem força pra seguir

Não há mais porque lutar

Tu tiraste tudo de mim 

Até minha respiração

A recompensa de minha adoração

Foi apenas a solidão

Eu ti deixo pra traz

Eu arranco parte de ti 

Encrostada em mim

Mas em cada desilusão

Sinto esbaforido som 

De tua gargalhadas por causa de minha derrota

Quero ser arrancado daqui 

Pra longe de ti

Preciso de um tempo pra me recuperar

Queria tanto nunca ter conhecido esse olhar

Deixe-me parti em paz 

Não há mais batalha pra lutar 

Sem esperança em meu olhar

Só me resta jogar meu corpo na beira do caminho

Essa caminhada 

Não poderei mais trilhar. 


Samuel S. Lima 18/12/23


segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Poema: Sentado

 Deixe eu abraçar meus próprios tornozelos

Enquanto eu fico aqui sozinho
Vendo meu mundo desmoronar
Deixe eu segurar minha última lágrima
Enquanto adio a desilusão
Que está a chegar
Deixe-me olha no espelho
O requicio do que já fui
Enquanto minha imagem
Se desfaz como miragem
Nas minhas terras desertas
Deixe eu usar minhas últimas forças
Para sufocar o último grito
Deixe eu fazer minha última oração
Sem resposta
Enquanto retira a última pá de terra
De minha cova
Deixe eu descansar em paz
O sono dos mortais
Que minha memória descanse em ti oh mãe terra
E que em teu ceio encontre alguma paz
Enquanto o deslumbre de minha vida se encerra.

Samuel 17/12/2023

domingo, 17 de dezembro de 2023

Poema: Chegada

 E aos poucos vou percebendo que não existe nada  

Depois da linha de chegada 

Nem sei se sobrará algum bocado de mim 

Depois de partes de mim ter ficado pela caminhada 

Hematomas marcado como resgitro 

Em minha pele 

Rugas no espelho 

E um semblante caído na janela 

Em cada páginas viradas 

Uma desesperança

E em cada parágrafo um lágrima 

E no horizonte a faixa de chegada 

Se desfanece em cada curva 

Enxurradas de truamas 

Esbranquiçadas nas folhagens

Na faixa cortada, um corpo 

Esgotado pela vida 

Ofegante com sua partida 



Samuel 17 Dezembro de 2023







Poema: Tristeza

 

Se apresenta como uma velha amiga

Que desde a minha infância me acompanha

Se escondem nas sombras 

Enquanto a luz machuca meus olhos

E em meio ao furacão da vida

Seus braços me parece acalentador

Mantenho atento aos seus sinais 

E como mostro assustador 

Que paira ao meu redor 

Sinto seu sopro aos meus ouvidos 

Sussurrando

Mas em meio a incerteza

Seus braços me parece tentador

Eu me rendo a sua melodia e a sua calmaria.


Samuel 17 de Dezembro de 2023 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Poema: Eterno banco de praça

 Minha vida é um eterno banco de praça

Onde as pessoas passam 

Aproveita o momento 

E segue suas vidas 

E o que me resta é apenas oferecer o descanso ao próximo

Em eterno solidificado

Estado de imutável de espera 

Sob a ótica do horizonte

Em inconstante idas e vidas 

Em mais uma chegada 

Estagnado espero 

A tua partida 

Em mim não fazes morada 

E o que resta diante de mim 

É apenas mais uma estrada 

Um andarilho

Passageiro

Forasteiro

Sentado em um banco de praça 

Em passagem temporária se mantém 

E em partida rápida se ausenta 

E na minha essência

Resta apenas saudades

Olhando o desaparecer de mais um no horizonte

E em mais uma partida 

Uma história

Uma retórica de mentira

Ludibriada de vaidade 

E na minha avançada idade 

Só me resta um olhar lacrimejado

Olhando o passado 

E em cada oferta diária 

Minha vida um eterno banco de rodoviária 


Samuel 01/12/2023


Poema: Arrastado

 Fui arrastado Pela vastidão deste amor Fraco e desarmado Cego à trama que se urdia Como um inseto ingênuo na teia da aranha Me atirei de ca...