Minha vida é um eterno banco de praça
Onde as pessoas passam
Aproveita o momento
E segue suas vidas
E o que me resta é apenas oferecer o descanso ao próximo
Em eterno solidificado
Estado de imutável de espera
Sob a ótica do horizonte
Em inconstante idas e vidas
Em mais uma chegada
Estagnado espero
A tua partida
Em mim não fazes morada
E o que resta diante de mim
É apenas mais uma estrada
Um andarilho
Passageiro
Forasteiro
Sentado em um banco de praça
Em passagem temporária se mantém
E em partida rápida se ausenta
E na minha essência
Resta apenas saudades
Olhando o desaparecer de mais um no horizonte
E em mais uma partida
Uma história
Uma retórica de mentira
Ludibriada de vaidade
E na minha avançada idade
Só me resta um olhar lacrimejado
Olhando o passado
E em cada oferta diária
Minha vida um eterno banco de rodoviária
Samuel 01/12/2023
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