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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Poema: Em lágrimas encontro refrigério

 Encontrando refrigerio em meio as lágrimas

Quebrado mas resistente
Estacando o sangramento
Que insistentemente rompe
Na árida mente
Onde crio minhas fantasias
Posso ser livre
Onde nem as amarra do deus
Pode me prender
Em meu cantinho de Delírio
Eu posso ser livre
Mesmo que a circunstância
Insiste em não ceder
Contorcendo em dor
Em minhas lágrimas
Encontro alegria
Para sorrir e seguir
Embaralhada em lembranças
Um reboliço de veracidade
Com Delírio
Entrelaça as linhas do tempo
Perdendo a sagacidade
Do discernimento
Que distorce o real
E traz a loucura
Com seu sabor suave
Que degusta
O ideal
As vezes profano
Mas tão humano
Quanto possa ser nossa materialidade
Mas se esvai
Como poeira sacudida pelo vento
Se sedimenta na sua inutilidade
O qual serviu apenas de miragem
Que arejou meus desertos
E em descontentamento
Me deparo com a realidade
Incontestável
Que desmascara a desilusão
E em lágrimas se liquefaz
Esse oas
Que ao sedento saciou
Veneno que torna o sonho estéril
E em lágrimas encontro refrigério

Samuel 24 de outubro de 2023

domingo, 22 de outubro de 2023

Poema: Liberdade

 

Eu tenho um sonho

De um dia poder abri minhas asas
E poder voar
Guiado pela tão sonhada liberdade
Mas a foice do tempo
Elas de mim arrancou
Em suas cruéis mãos
As despedaçou
Enjaulado pela crueldade
Do destino
Tão distante
De ti
Oh liberdade
Pela janela do tempo
Eu vejo a vida
Lá fora
As aventuras
E as glórias
Que não poderei aproveitar
Em grito de desespero
Sufocado
Sentindo a dor no peito
De ansiedade
Desmorono dentro de mim
Enquanto minhas frágeis mãos
Sustenta a parede da aparência
Do está bem
Mas a desesperança está além
Eu tinha um sonho
De poder abrir minhas asas
Mas sei que tudo isso foi por águas
Arrastada pelo vento
E acoitada pela cruel mão do tempo
Pelos escombros
Da desilusão se perdeu
Espero o sopro refrigerido
Do alento
Que traga consigo
Unguento
Para minhas feridas cicatrizar
Mas sei que minhas asas se foram
Minha liberdade em desgosto
Veio se transformar
Espero o ceder do tempo
Para a porta da minha prisão
Liberar
E com o olhar errante
Sem saber mais o que fazer
Quem sabe no profundo do coração
Ainda exista uma fagulha da tão sonhada liberdade
E em minha vida venha encediar
E a tão sonhada liberdade
Eu possa finalmente alcançar.

Samuel 22 de outubro de 2023.

domingo, 15 de outubro de 2023

Poema: Não a mais ninguém em minha mente


Desaparece a luz da esperança
Só o esbranquiçados olhos
Trazido pelo tempo
A nitidez de tua aparência
Que se translucidava em minha mente
Se esvaiu

Eu via você em cada reflexo do espelho
Materializando meu desejo
E em segredo escrevia a ti meus versos
Lacrimejado de Delírio
E em borrões de erros
Fruto de meus  anseios
Perpertuei a tua imagem
Como um sussurro
Que tagarelava em meio a silêncio
Em minha mente
A esperança de tua chegada
Martirizava
Moendo meu coração
Que sangra
E dói

E em esquecimento
Tu não se acomoda
Se levanta em cada vitrine
Em datas comemorativas
A tua ausência se nota
Em meu olhar
Esperançoso
Refletido na faixada
A minha cara mascara
Que não há mais ninguém em minha mente.

Samuel 15 de outubro de 2023.  

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Poema: Como folha, como chuva

Como folha desprendida da árvore
Me desprendo do remorso
Do amor incondicional
Da entrega 
Como folha pelo vento 
Desgarrante
Sem destino
Me lanço na vida sem ti 
Desprendo do relacionamento tóxico
Velejo pela leveza 
Do ti deixar pra trás
Como chuva 
Eu caio em paz 
Jorro 
Choro
Me desfaço 
Em sutileza
E em força motriz 
Eu me refaço 
Seduzido pelo viver 
Em tuas palavras desvalorizadora 
Deixo de crer
Me lanço no desconhecido
Com chuva sobre os pedregais
Avanço na linha de frente 
Incerta, completamente perdida
Nas nuances da vida 
Ti vejo no cais
Para longe 
Do teu olhar diminuidor 
Deixo a dor 
Para o descanso da paz. 

Samuel 11 de Outubro de 2023

sábado, 7 de outubro de 2023

Poema: Eu ti encontrei

 Eu ti encontrei 

Em uma estrada solitária

Não sei, se o solitário era você ou eu

Mas sei que o destino nos interrompeu

Eu tenho tentado seguir em frente 

Com todas essas lembranças em minha mente 

Mas tudo que lembro

É do quanto meu coração doeu

Talvez, você nen se quer percebeu 


Eu ti enxerguei 

Do outro lado da estrada 

Pela janela do ônibus

Enquanto eu passava

Olhar errante, não sei 

Se era o meu ou seu 

Mas sei quê você nem sequer percebeu


Eu percebi 

Que a vida continua a mesma 

Não sei se a minha ou a sua 

Mas sei que apenas eu 

Continuo pensando em você 


A vida passou, e seguiu seu curso 

Não sei se a minha ou a sua

Mas sei, que ao menos você 

Continuou 

Sem pensar em mim

Com alguém do seu lado

Olhar centralizado

Com a vida cheia de aventura

E sonho realizado

Mas sei

Que a minha nada mudou

O olhar errante 

Solitário

Cheio de lembrança

A vida a mesma

Com suas incertezas 

Sem ninguém ao meu lado

Pensando no passado

Da janela dos meus olhos 

Olhando você do outro lado

Seguindo, enquanto estou paralizado


Samuel Sousa Lima 07 de outubro de 2023 



quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Poema: Prece a esperança

 Que a liberdade de meus olhos esperançosos

Não morra
Que o pulsar do meu coração valente
Não desfaleça
E minha voz silenciada
Não perca a vontade do seu grito
Venho a ti
E rogo-ti
Oh esperança
Não afaste ti de mim
Quando em tombado fracasso
Caio pela linha do tempo
Em esplendorosa vitória do meu delirar
Meu elmo posto em baixo do teu mastro ,
Minha espada caída
Com olha de esperança desfalecido
E com as pernas tremendo
Coloco-me diante de ti
Em busca de refrigério
Para minha alma desgarrante
Selo minhas forças
As poucas que restaram
E aguardo a luz do teu conhecimento
Mas, fraquejada o esperar
Jorro em lágrimas desistente
E sangro em sonhos falidos
Em ti não encontro abrigo
Por que estás tão Insensível?
Pego a espada, o elmo
E parto para última batalha
Olhando o desfecho de minha história
E atrás tu balanças em teu mastro
Com aceno de despedidas
Mas não a vejo como amiga
Pois viestes a me abandonar
Na batalha, tombo
Me vejo a se engasgar
Com o veneno do findar
Sinto se esvaindo o teu sabor
oh esperança
Como sangue que jorra
Como fraqueza que toma a cena
E no último relampejo dos meus olhos
Visualizo o teu acenar
Regosijando a vitória da última batalha
Que nunca se realizará.

Samuel Sousa Lima 04 de outubro de 2023. 



Poema: Memórias e Liberdade

 Escrevo em deprimente desesperança

Os meus anseios, minha inquietude diante da vida
As minhas desilusões, de um constante esperar
Que na fé se fraqueja
E no acreditar se desfalece
Escrevo em desistência constante
Do meu sonhar
Diante da predatória peleja
Desleal e injusta
Desse mundo dominado pela classe dominante
Em que na concorrência da vida
Pelo mínimo existencial
Fatores tão irrelevante
É mais importante do que caráter
Do que profissionalismo
Do que força de vontade
Esbarro constantemente
No ódio das massas
No cinismo
Desfarçado de bondade
Que maqueia sorriso maldoso
E esconde coração odioso
Em anonimato morro
Todos os dias
Parte da minha alegria
Da minha esperança
Da minha constância
Envelhecendo pelo limiar da história
Desfazendo-me em batalhas solitária
Do qual, sei, nunca vou vencer
Tento me esconder
Mas pela superficialidade
Sou constantemente julgado
E pelo pedante conhecimento do julgador
Deslegitimam as minhas qualidades
Pois, não tenho a branquetude que importa
A sexualidade que comporta
O julgo do opressor
Muito menos tenho, financeiramente
A situação econômica
Quer é o motor
Impulsionador
Do suposto meretismo pragmático
Enquanto isso, em desassossego,
No calor do ambiente de meu quarto,
Reviro-me na cama
Em pensamento acelerado
Que importuna, indaga
O que será do meu futuro?
Em avançada idade
Morre o meu sonhar
Sem espectativa de emprego
Espero passar meu desespero
Para minha mente acalmar
Vem se os dias,
Vão se as noites
E no raiar do nascer
Espero no meu ansiar
Que um dia eu tenho asas para voar
E ainda forças
Para alcançar
Minha liberdade
E um dia poder voar 

Samuel S. Lima 04 de outubro de 2023

Poema: Arrastado

 Fui arrastado Pela vastidão deste amor Fraco e desarmado Cego à trama que se urdia Como um inseto ingênuo na teia da aranha Me atirei de ca...