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sábado, 20 de janeiro de 2024

Poema: Vou ti esperar


Não importa
O tempo 

O espaço

Vou ti esperar 

E mesmo diante desse oceano 

Que nos distancia

Ou esse sentimento 

Que pulsa

Querendo desistir

Posso ti sentir 

Em cada frescor do vento

Em cada instacia 

Em cada contentamento

Não importa 

A imensidão do céu 

Que reflete um olhar desesperançado

Ainda estarei aqui 

Esperando no cais 

Mesmo com o corpo cansado

E em cada onda 

Vejo tua chegada 

E em cada lua 

Desaparece tua presença almejada

Se continuar assim

Perderei meu sorriso 

Na brisa do teu vento

E desaparecerei 

Aguardando a tua presença 



Samuel S. Lima 16/01/24


 


sábado, 13 de janeiro de 2024

Poema: Morrendo

 


Eu estou morrendo
Olhando pra esse céu 
Esperando a bonança 
Enquanto secretamente 
Escondo minhas lágrimas 
Em meio a chuva 
Mas em cada verão 
Tua vinda é incerta
E eu adormeço
Em meio ao meu pranto 
E em cada batida na porta 
Uma palpitação no coração
Enquanto construo muros 
Para esconder o rosto da criança esperançosa
Mas o inverno chegou novamente
E eu adormeço vendo a neve 
Escutando a música
E a cada buzina
Nasce e morre uma esperança
Ti ouço nas rodas de conversas
E cada melodia da canção
Mas o amanhã chegou
Juntamente com seus lobos devoradores
Suas palavras destruidoras 
Que estrangula a infantilidade
E sem piedade destrói o coração
E em cada estação eu morro 
E em cada canção 
Me deságuo 
E já vai fazer oito anos 
Que tu não dá a mínima
E perpetuando assim
Vou morrer aqui 
Como uma andorinha sem verão
Como um ano 
Sem estação
Diante do fatasmagorico 
Reflexo meu no espelho
E da maquiagem borrada 
Enquanto adormeço
Ao som dos últimos acordes 
Que anucia o fim da melodia 
Dessa canção chamada vida. 

Samuel S. Lima 13/12/2024



segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Poema: Fim da estação

 


Em rascunho e versos
Melodramatizado
Costurado pela frenesi do querer
Eu amei demais
Amei o outro
Amei a fantasia
Dos floreios
Saturado de paixão
E polinizado pelo desejo
E despedaçado pela desilusão

E em dias que se foro
Em cada vez que o olhar
Era desesperançado
Minha inválida esperança
Se destroçava
Como pedaço de poesia
Rasgada e jogada pelo vento
Espalhada como sementes
Que nunca brotou

E em debilitados dias
Meu olhar de espera
Se cansou
Minha esperança
Em palavras não lida
Terminou
E a chegada do fim da temporada
Me deparei
Com a triste constatação
Eu amei sozinho
Em toda minha estação.

Samuel S. Lima 09/01/2024

 





sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Poema: Na ferrovia


 No meio de uma estrada velha ferroviária

Como um trem em alta velocidade
Em uma colisão avassaladora
Meu coração recebia 
O teu adeus de despedida
E minhas lágrimas
Traduzia em sentimentos 
Aquelas letras garrafais 
Que não dizia muito 
Mas transbordava meus sentimentos 
E com um olhar no além 
Com a certeza de tua ausência
Eu via a tua costa 
Que ausentava a tua presença
Em um som irritante da buzina
Em silêncio amordaçador
Eu sofria
Em palavras não ditas
Em vida não vivida 
O teu adeus em mim ecoou. 


Samuel S. Lima 06 de Janeiro de 2024

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Frase: O tempo me apaga

 O tempo me apaga 

Em poeiras esvoaçantes

Em memórias perdidas 

Pelos anos 

Que se demora 


Samuel S. Lima 

27/12/23


Poema: Partida

 Segurando a lágrima

Enquanto o vidro do carro não fecha
Deixo pra trás os holofotes
Para voltar ao meu anonimato
Quebra se a máscara
E revela a cicatriz
Luzes se desfoca
E o tempo passa
Em disparada
Me apago no tempo
Como um sopro
E a vida escorre como uma lágrima
E em um fração de segundo
Um alívio
Seguro os pedaços de mim
Enquanto me despeço do tempo
Ansiedade me afoga em inquietação
Aperta o peito, estrangula à alma
E sufoca o coração
Me seguro na vida que se esvai
Como uma lágrima
Que rola
Me seguro na vida
Enquanto o tempo o meu corpo desfaz

Samuel S. Lima 25/12/2023

Poema: O que posso fazer?

 O que posso fazer 

Se o céu está caindo sobre mim?

Depois de uma batalha

Em que o próprio destino 

Soprava contra me

Caído, esgotado 

Quando o que pesa

É o fardo do fracasso 

Enquanto olho pro céu 

Esperando uma benção

Dá-me a força para morrer

Enquanto esse temporal

Não serve de nada

A não ser, me entrenter

Um tribunal montado 

Apenas para mim fazer réu

O que posso fazer? Se a sentença

Antes do julgamento já foi proferida

Enquanto pelo corredor 

Sigo esquecido 

O que posso fazer? Se até o céu está contra 

Tombado estou 

Enquanto olho para minhas mão vazias

A espera do milagre que não vem

Quando pelas mão do destino 

Só entrega o que lhe convém


Samuel S. Lima 

24/12/23


Poema: Marcas

 Eu deixo marcas de lágrimas 

Por onde quer que eu ande

Em cada caminho 

Que arrasto meu corpo 

Pegadas molhadas 

Marca a caminhada 

E a dor precende minha jornada 


Samuel S. Lima 

30/12/23




Poema: Perdido

 Minha vida se perdeu 

Entre a primeira e a última página 

Em páginas cheia de escrita 

Que não dizem nada 

Em uma ambiguidade

Que nem eu mesmo compreendi

Em um retrato infiel de uma realidade 

Desfocada 

E sem autoria 

Samuel S. Lima 30 de Dezembro de 2023


Poema: Arrastado

 Fui arrastado Pela vastidão deste amor Fraco e desarmado Cego à trama que se urdia Como um inseto ingênuo na teia da aranha Me atirei de ca...