E não reconheço
Em atordoadas rodas de conversa
Aonde não existe diálogo
E sim, vômito de histerismo
Onde morreu o lirismo
Das era outrora
Onde se desencanta
A história
E a vida prega uma peça
Eu busquei em ti
O aconchego
Dos mais íntimos desejos
Porém percebo
Em teus seios
Não há a mais abraço
O mitigado afago
Dos likes, dos Curtis
Fazem covardes em herói
Os fatos histórico
Se destrói
Mas a realidade
Se disipa em narrativa
E as revoluções
Morrem nos discursos
Preso nos corações revolucionário
Enquanto os danos ao erário
Vira Manchete
E na enquete
Aponta o culpado
O espírito investigativo
Morrem no disquete
Que não foi executado
E em mórbida acessão
O fascismo
Mostra sua cara
Em máscara se esconde
Em mugido estrondo
Sufoca a liberdade
Anseio a era vindoura
Em ceticismo me calo
Enquanto o fundamentalista
Vê como agouro
O estrear da era
Apegado ao passado
Em solito ludibriar dos fatos
Mascara um passado de ouro
E repugna veementemente
O que está a sua frente
Como o declínio da sociedade
Em demência e por falta de uso
Tu morre
Em silêncio tu ti ausenta
E no meio do alvoroço
Não ti representa
Em instantes tu dormes
E em telas vemos a tua falência.
(31/05/23)
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