Deixe me fazer de valente
Enquanto seguro a última gota de sangue
Que insisti em sangrar
Deixe no meu silêncio
Enquanto me engasgo com o grito
Que esforço, dentro de mim, aprisionar
Já posso olhar para trás
E ver no cais
A vida que ficou para trás
Deixe, me deixe
Eu despedir da esperança
Dessa tola criança
Que já não existe mais
A primavera falhou
O outono pulou
E a brisa da esperança
A tão sonhada
Se mostrou como verdadeiro vapor
Em verão se tornou
E só há desolação
Deixe-me lamentar minha existência
Não a coerência alguém lamentar
Pois sou eu que depois do deserto
E do mar de desgosto
Vou no espelho meu rosto
De falhas e de indignação
Visualizar
Deixe me murmurar
No silêncio
Segurando minha lamúrias
Enquanto a última gota de lágrima
Do meu olhos
Insiste em rolar
Deixe me cessar meu pranto
Seguir no meu desencanto
Do sonho quebrado
E da vida pacata
Que tenho que retornar
Deixe eu seguir a minha vida
Sem expectativa
Sem encanto
Pois é melhor ficar no meu canto
Do que na tua esperança falida
Eu confiar.
(Samuel 20/11/2023)
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