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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Poema: Fingimento

 Deixe me fazer de valente 

Enquanto seguro a última gota de sangue

Que insisti em sangrar 

Deixe no meu silêncio

Enquanto me engasgo com o grito 

Que esforço, dentro de mim, aprisionar


Já posso olhar para trás

E ver no cais 

A vida que ficou para trás


Deixe, me deixe 

Eu despedir da esperança

Dessa tola criança

Que já não existe mais 


A primavera falhou 

O outono pulou 

E a brisa da esperança

A tão sonhada 

Se mostrou como verdadeiro vapor 

Em verão se tornou 

E só há desolação


Deixe-me lamentar minha existência

Não a coerência alguém lamentar 

Pois sou eu que depois do deserto 

E do mar de desgosto 

Vou no espelho meu rosto 

De falhas e de indignação 

Visualizar 


Deixe me murmurar

No silêncio 

Segurando minha lamúrias

Enquanto a última gota de lágrima 

Do meu olhos 

Insiste em rolar 


Deixe me cessar meu pranto 

Seguir no meu desencanto

Do sonho quebrado 

E da vida pacata

Que tenho que retornar


Deixe eu seguir a minha vida 

Sem expectativa

Sem encanto 

Pois é melhor ficar no meu canto 

Do que na tua esperança falida 

Eu confiar.  


(Samuel 20/11/2023)













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