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quarta-feira, 16 de junho de 2021

O ESTRANHO CASO DE ASSASSINATO DE ITAÚNA O DESPERTAR CAP. 15

 Capítulo 15

Investigação 2: Confrontos.


    Era mais uma tarde ensolarado, mais uns olhares desconfiados e mais algumas acusações sem palavras, que pairava no ar, que perturbava a capacidade de dedução daquele grupo de adolescentes. Aquele grupo de adolescentes, constituído de participantes que antes eram populares, hoje experimentava o sabor amargo do desprezo, outros que dantes se sucumbia ao anonimato, hoje brilhava no tribunal inquisidor da condenação pública. 

    A turma andava em direção ao extremo da cidade, eles parecia mais um grupo de zumbis, que acabaram de sair das telas de cinema, cabisbaixos, vencido pela frustração dos planos, que se sucumbiu, a mera teoria. De repente Bobby rompem o silêncio, com uma voz de quem está magoado.

____ Nossa esse interrogatório tem sido cansativo.

____ Nunca imaginei passa por isso ____ Completou Luísa.

____ Isso é o que dá, ir na droga de uma festa ___ Disse Diuna.

____ Calma gatinha, você gostou da festa e agora tem que pagar o preço ___ Falou Nadio sorrindo e depois se recompôs percebendo como aquele não era o momento ___ Realmente não foi uma boa idéia ___ Ele falou mostrando uma vulnerabilidade que até então Diuna não tinha visto.

     Eles já chegava ao fim da cidade, a paisagem que antes se restringiam a casas e algumas árvores que embelezavam o urbanismo, começavam a se dissipar. A paisagem sedia a um  ambiente campestre e as árvores se amontoavam entre si, enquanto aplaudia com seus galhos receptivos a presença do vento. 

____ Os dias tem sido muito difícil mesmo___ Disse Diuna.

____ Alguém de vocês já foram prestar depoimento? ____ perguntou Bobby.

____ Eu já fui e foi super constrangedor ___ Disse Luísa.

____ Eu também___ falou Bobby.

___ Mais alguém? Além de nós ____ falou Diuna olhando ao redor esperando que alguém se juntasse ao trio.

____ Eu ainda não, estou esperando meu advogado pra mim acompanhar ___ Falou Isabele, enquanto Nadio confirmava que estava fazendo o mesmo.

____ O meu está marcado para amanhã, quero ir logo antes que meus pais fiquem sabendo, e voltem de viagem desesperados.

____ Espera... só nós prestamos depoimento. Tem alguém que está tentando me condenar. 

    Ele olhou para Diuna desconfiado.

____ Espera, você não está achando que foi eu. Não é?

____ Eu não disse nada.

____ Nem precisou, sua cara já diz tudo.

____ Espera... do que você está falando? ____ Quis saber Liu Chan.

____ Eu fui presta esclarecimentos, mais a investigadora se mostrou muito convencida de que eu era o culpado. Então eu...

____ Calma Bobby, ela não desconfiou de você. Ela desconfia de tudo.... na concepção dela pode ser qualquer um de nós ___ Disse Luísa como sempre a mais lúcida do grupo.

___ Eu sei... só que...___ O cérebro dele dava bug com a nova descoberta ___ Eu prestei esclarecimento, e já sair com uma leve suspeita. Só que pouco depois, a investigadora me intimou de novo a comparecer, então com exceção que alguém aqui tenha ido lá duas vezes na mesma semana, mas o que parece não foram, já que tem gente, que não foi uma vez se quer . Eu posso deduzir que eu estou sendo sabotado.

    Todos olhavam com espantado.

___ É coruja você se ferrou___ disse Nadio.

___ Eu pensava que fosse o Nadio ___ Continuou ele ___ porque ele sempre está implicando comigo, mas como ele ainda não compareceu lá...

___ Isso foi o suficiente pra você acha que foi eu?___ perguntou Diuna.

____ É que as perguntas tinha muitos detalhes que só você sabia.

____ Bobby ___ falou Luísa Calmamente com ar de cansaço, como se tivesse acabado de beber um calmante ___ É a obrigação de todos nós falar o que sabemos e do que desconfiamos para investigadora...

___ Não leve a sério ____ Disse Isabele___ Ninguém está querendo te incriminar. 

____ Gente não vamos mudar o motivo de estamos aqui ____ Disse Liu Chan.

____ Verdade ___ Falou Diuna___ É melhor não fica nos acusando.

___ Por que diabo esse cemitério é tão longe da cidade? ___ reclamou Isabele. Ela estava com um escarpam nude que lhe incomodava com o contato com as pedras.

    Eles deveriam ter ido de carro, mas o de Luísa estava na oficina, o de Nadio foi apreendido pelos seus pais, no intuito de impedi-lo de fazer alguma besteira. Já o de Isabele sua mãe tinha saído nele. Como o restante deles não tinha carros, eles tiveram que ir a pé.

____ Ah você não sabe, o que fala sobre o início dessa cidade? ___ Falou Liu Chanel sorrindo.

____ Ah não dou a mínima pra essas lendas idiota ___ respondeu Isabele.

___ O que falam? ___ Luísa mostrou-se curiosa sobre o assunto.

____ Ah eu não sei bem. Temos que perguntar algum morador antigo da cidade. 

____ Traduzindo Dona Zélia ____ Falou Diuna esbaforindo uma quantidade de ar pra fora, mostrando um tédio nítido ___ Voltamos ao ponto de início.

___ O ponto de início não deveria ser a festa ou o assassinato? ___ indagou Bobby.

___ Ah ver se não enche Bobby! ___ Retrucou Diuna. 

    Ela se aproximou de Nadio e começaram a conversa, sua breve amizade com Bobby tinha abrindo um fenda, essa acusação que ela sofreram lhe incomodaram, no entanto ela não sabia distinguir, se ele suspeitou dela, ou se era apenas uma jogada, que garantia ela teria se não foi ele que apresentou algumas acusações para que a investigadora Nercy pudesse confronta-la.

     Ela foi tomada pelo seus mais profundo pensamento, enquanto amaldiçoava o dia que resolveram ir morar ali, embora se desse conta que não teve opção, ela estava desesperada por um lugar, precisava de um refúgio depois do que acontecerá. Embora até aquele momento ela não entenderá o que aconteceu. A única lembrança que ela tinha, era uma vaga recordação, que rompia a visão nebulosa de sua memória, a visão de um corpo em pendurado, mais essa imagem abria e fechava como uma fenda, rompendo o obscuro de sua imaginação. 

    Ela foi interrompida por Isabele que se sentia grata por finalmente encontrar o cemitério. Ela olho impressionada com a capacidade dela de desfila sobre aquele tapete de pedra com um escarpam daquele. 

___ Finalmente esse maldito cemitério.

___ Eyh! Mais respeito com os mortos, nossos antepassados estão enterrados aqui ___ Repreendeu Luísa.

___ Eu tive uma ideia ____ Todos olharam para Bobby, esperando que ele mostrasse uma luz, afinal de contas, ele sempre apresentava boa ideias, ou pelo menos uma direção.

____ Já que nossos antepassados... quero dizer ___ Ele interrompeu seu discurso, se dando conta de que provavelmente ele não tinha ninguém enterrado ali... Bobby não sabia muito bem sobre o seu passado. Sua família era um mistério. Tudo que ele sabia, foi contado por sua tia Meireles, que ele chamava de Meire. Ela não era exatamente sua tia de verdade, ela o criaram, se é que pode se dizer, que Bobby foi criado, pois na verdade ele era um sobrevivente. 

    Sua tia Meire o criou como Deus criou macaco no campo, ela priorizou a criação de suas três filhas e de seus dois filhos, Bobby era sempre visto como o intruso, o erro de percurso. Embora ele não soubesse do seu passado, ele sempre desconfiou que ele não era bem vindo naquela família. O tio Ambrósio, sempre chegava bêbado em casa, reclamava de tudo e de nada.

    Por várias vezes Bobby recebeu chute nas costela, quando seu tio chegava tarde dos bares e encontrava ele dormindo no Tapete da sala, Bobby não tinha quarto, não sobrou espaço na casa para lhe fazer um quarto ou talvez porque eles não se importava. Bobby viveu anos naquela situação, por várias vezes ele ouviu, depois de prolongada discussão, burburinho no quarto sobre sua existência naquela casa, sobre sua chegada. Ele começou a pensar que tinha sido fruto, de alguma traição de sua tia com algum amante. Ou quem sabe, ele tinha sido adotado por ela sem a autorização do seu tio. Porém sua teoria não fazia sentido, pois sua tia era mãe de cinco filhos, portanto não teria a menor vontade de adotar ninguém e se ele foi fruto de uma traição, por que eles continuavam juntos? Por que sua tia não lhe abortou, ou deu pra adoção?

    Todos esperavam pacientemente Bobby da continuidade na sua ideias, enquanto ele voltava de seus devaneios.

____... Se existe ancestrais dessa cidade enterrada aqui___ Continuou ele finalmente ___ A Isabele podia entra em contato com eles usando sua Mediunidade.

____ É uma boa ideia Bobby ___ Disse Liu Chan.

____ Espera... se vocês acham que eu vou entrar em contato com um bando de mortos, desesperados por atenção, eu não irei fazer isso. Tá Ok garotos.

____ Escuta aqui sua garota medida ___ Diuna pegou ela pelo pescoço e a levantou só com uma mão, mostrando uma força descomunal para uma garota, imprensou Isabele em uma Lápide que se erguia, enquanto Nadio e Liu Chan tentava fazer com que ela soltasse-a___ todos nós estamos metido nisso, não sei se você percebeu, mas as pessoas estão pra nós linchar nas ruas e minha vida tá um inferno, então se tem como você entra em contato com os mortos e busca resposta, trate de sentar essa sua bunda seca na posição de Lotus ou seja lá que diabo for e fale com esses espírito agora antes que eu dou na tua cara sua vadia.

    Ela soltou Isabele e Isabele estava vermelha, tentando recuperar o fôlego. Os outros olhava entre si, se perguntando quando Diuna tinha se tornada tão agressiva. Isabele se abaixou olhando os nomes das Lápides, tentando encontrar as mais antigas. Ela colocava a mão e começavam sentir a energia do local.

___ Espera nós não tinha... ela não tinha que entra em contato primeiro com o cara que morreu na festa?___ questionou Luísa ____ Nós não temos que se preocupar com lenda antiga que agente nem sabe o que é, e nem se é verdade.

____ Mas isso pode ser importante___ estimulou Liu Chan.

____ Que seja... como quiser ___ disse Luísa. Ela estendeu a mão e seus olhos relampejaram no meio daquele lugar lúgubre, ela localizou cinco Lápides a 200 metros de distância___ Ali está poupe seu tempo. 

  Eles seguiram ela, e após passarem por vários túmulos, uns mais bem feito do que outros, mostrando um contraste socioeconômico; entre ricos e pobres, que sedia sua mortalidade aos olhos do tempo, e se depositavam ali, aonde a pobreza e a riqueza não fazia diferença. Todos enterrados no mesmo lugar, com sua intrepidez, arrogância ou bondade, diante da morte, todos eram iguais.

    Como Luísa havia rastreado as Lápides, estavam lá desgastada pelo tempo. Sobre a cabeceira das cinco singelas Lápides, existia uma lápide maior, como se fosse colocado, cinco Lápides dentro de uma. E na cabeceira da lápide maior estava escrito:


Que descanse as almas daqueles que morreram para fundar a “pedra”. 

___ O que seria a “pedra”? ___ Questionou Bobby.

___ Deve ser alguma ideia idiota desse velhos babaca.

___ Eles não era tão velhos assim Nadio ___ observou Luísa___ Veja as data de nascimento e de falecimento.

___ Bem observado Luísa ___ Elogiou Bobby ___ Mas veja ___ falou ele empurrando algumas ramas que cobria a lápide ___ aparentemente todos morreram no mesmo dia.

___ Que horror! Por que disso? ___ Disse Diuna.

___ Acho que Isabele pode responder essa pergunta ___ Disse Liu Chan.

___ Gente eu... não me sinto bem fazendo isso.

___ É seus poderes Isabele você tem que aprender a usa-los ___ Disse Liu Chan .

___ Tá posso tentar.

    Ela se sentou no chão sobre os pés. Seus olhos metamorfosearam, assumindo um tom esbranquiçado. 

    Minutos depois ela colocou-se sobre os pés e disse:

___ Ah alguma coisa errada.

___ O que? A filhinha de papaizinho não achou os mortos digno de sua presença?___ Insultou Diuna.

___ Não! ___ respondeu Isabele, ignorando o insulto da colega ___ Quem está aí não tem nada haver com a data que estão grafada nas lápides. 

___ Como assim? ___ Questionou Luísa.

___ Gata não tem como você ter errado na conexão não. Talvez a linha telefônica estava congestionada ___ brincou Nadio como sempre com suas piadas sem graças.

___ Para Nadio! ___ Repreendeu Liu Chan.

___ É sério, tá cheio de mortos aqui ao redor, pode ser que alguém solitário aproveitou para conversar.

___Ou será que eles conversar entre si. Caramba!___ continuou Nádio. 

    Todos ignoraram seus questionamentos sobre o além, e focaram no que era importante, enquanto Nadio continuava andando pro lado e pro outro conversando sozinho.

___ Mas porque alguém falsificaria um túmulo? ___ Perguntou Diuna.

___ Na verdade por que uma pessoa mataria cinco pessoas no mesmo dia, enterraria em um local e faria um túmulo de faixada para encobrir o verdadeiro local aonde puseram eles? ___ Questionou Bobby.

   As perguntas ficaram no ar, enquanto a mente de Bobby e de Luísa fervilhavam de questionamentos. Mas o sol já anunciava que se recolheria ao seu aposentos, despedindo com aplausos avermelhado, os pássaros em um canto angustiante se recolhiam nas copa das árvores. 

   Isabele mostrava sua cara de pânico e todos com exceção de Nádio, entenderam que o anoitecer para uma médium que não conseguia controlar seus poderes, era aterrorizante. Todos deixaram aquele cemitério, com a sensação de que aquela investigação só tinha criado mais dúvidas do que sancionado, por outro lado eles tinha um certeza, aquele caso de assassinatos não era algo por acaso e os mortos do tumulo falsificado foi premeditado. Mas será, que as escolhas eram aleatório?



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