No olhar, uma esperança tênue,
Do outro lado, apenas um reflexo fugaz,
Dentro de mim, um estilhaço,
Maquiado pela ânsia de uma felicidade idealizada.
Busquei em cada canto o modelo perfeito,
A paz que os homens tanto almejam,
Mas desviei do real, tropecei no imaginário,
E me vi diante da ilusão, que sorria à minha frente.
Quando percebi, a vida idealizada estava em pedaços,
Cacos espalhados, espelhando a fragilidade da minha fantasia,
Refletindo uma miragem, adocicada de loucura,
Que jorrava de mim, como um rio me deixando vazio.
Agora, em um solo desértico,
À mercê da miragem traiçoeira,
Eu vejo, mas não alcanço,
O almejo da minha alma, dissolvido em poeira.
Samuel S. Lima
17 de Agosto de 2024
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