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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Poema: Disfarçando as lágrimas

 

Sorriso que maqueia a desilusão,
Desfaça o sangue que escorre do coração,
Olhos que brilham escondem 
Lágrimas de um riso em vão. 
Na alma, uma mágoa profunda, 
Silenciosa, se esconde na escuridão, 
Enquanto a boca sangra palavras 
Que nunca encontram redenção. 

Um grito preso no peito, 
Estilhaçado em páginas não lidas, 
Folheadas com as mãos trêmulas, 
Perdidas em histórias esquecidas. 
Caminho sem fé, mas continuo, 
Desistindo, mas sem deixar transbordar, 
Pois, por trás de cada sorriso dissimulado,
Há um coração que ainda insiste em sangrar. 

Mesmo que eu continue em frente, 
Há feridas que o tempo não cura, 
Minha alma tenta se encontrar, 
Enquanto, em silêncio, ainda se cura. 




Samuel S. Lima
30 de Agosto de 2024

Poema: Minha vida vazia sem você

 


Minha vida, um vazio, diante deste abismo,
Você preenchia meu mundo, mesmo no fundo, 
Mas sua partida, um cruel egoísmo, 
Deixou-me só, num silêncio profundo.

Hoje, minha mente é só histeria, 
Minha boca, um eco de palavras vazias, 
Num céu sem estrelas, sou barco à deriva, 
Você era meu guia, que via saída nos vendavais da vida.

Em fotos, procuro seu rosto, 
No travesseiro, transformo memórias em pranto, 
E já faz anos que você não dá a mínima
E eu me consolo, perdido na minha rima.

Minha esperança ainda é você, 
Mesmo sem motivo para viver, 
Em uma imagem borrada, na minha mente, posso te ter.

Afogo-me em trabalho, tentando não pensar, 
Mas até o vento sussurra seu nome, 
E uma saudade no peito me consome, 
Sufoco a esperança de te reencontrar.

E no fim do dia, volto a uma casa solitária, 
Onde restam vestígios da sua presença, 
Amanhã, a mesma rotina diária, 
Minha tristeza, sabendo que em seu coração, nunca mais terei morada.


Samuel S. Lima
22 de Agosto de 2024


quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Frase

 Não é porque estou sorrindo  

Que meu coração não está sangrando.  

E por mais que meus olhos brilhem  

Em lágrimas de sorrisos,  

Na minha alma existe uma profunda mágoa.  

Esse coração sangra pela boca,  

E esse grito sufocado no peito  

Estilhaça em cada página  

Folheada e não lida.  

Não é porque eu continuo caminhando  

Que eu não perdi a fé no caminho.  

Mesmo desistindo,  

Insisto apenas em não desaguar em lágrimas essa mágoa,  

Pois, por mais que eu continue sorrindo,  

Meu coração ainda continua sangrando,  

E minha alma ainda está se curando.


Samuel S. Lima 

29 de Agosto de 2024


quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Poemas: O Encontro Impossível

 O Encontro Impossível


À beira da estrada fiquei,  

Onde o tempo se curva e se esconde,  

Com o coração nas mãos, esperei,  

Na esperança que o amor responda.


Vi-te partir, levado pelos ventos,  

Em busca de algo além do horizonte,  

Deixando-me só, preso aos momentos,  

Guardando no peito o desejo constante.


Os dias passaram, o mundo girou,  

Tu viveste novas histórias, te transformaste,  

Mas eu permaneci, no mesmo lugar,  

Com o mesmo sentir, nada mudaste.


Então voltaste, mas já não eras tu,  

Teus olhos distantes, tua voz estrangeira,  

E eu, que tanto sonhei com esse encontro,  

Encontrei-me perdido, na ilusão verdadeira.


Quem parte, sempre muda,  

Os ideais se quebram, a conversa esfria,  

Mas quem fica, espera, e se ilude,  

Com a falsa promessa de que nada mudaria.


E assim, à beira da estrada,  

Continuo, com o coração desfeito,  

Olhando um horizonte vazio,  

Onde tu, que partiste, nunca mais voltarás do mesmo jeito.


Samuel S. Lima 

28 de Agosto de 2024



terça-feira, 27 de agosto de 2024

Poema: Os deixados para trás

 


**Os Deixados para Trás**

Os deixados para trás nunca são lembrados. 
Eu me despedi um dia, 
Sob os aplausos de um silêncio ensurdecedor, 
Na melodia fúnebre do ecoar dos ventos, 
E sobre um horizonte olhei, 
Onde a vista se turvava, 
Esperei, ao pé de uma estrada que se escondia em curvas.

Mas deixados para trás, como eu, 
Guardam no peito a esperança de um retorno, 
De um futuro que se assemelha ao passado vindouro, 
Petrificado, esperando por esse dia, 
E na vã fé de que o outro um dia retorne, 
Que tudo recomece, do ponto de partida, 
Como se nada houvesse mudado.

Porém, quem parte sempre muda, 
Os ideais já não são os mesmos, 
A conversa, o pensar, o sentir e o apreciar. 
E quem fica, perdido na inebriante ilusão, 
Com o coração cheio de memórias, 
Se desgosta na estranheza do que está à sua frente.

E no fim, quem fica se perde, 
Esquecido, com as mãos vazias, 
Um coração cheio de esperança, 
E uma desilusão diante de si: 
Quem partiu, partiu para nunca mais voltar. 
Pois mesmo que volte, nunca mais será quem foi, 
Pois o que foi, jamais voltou. 
E quem ficou se perpetuou, 
Em um olhar no horizonte e uma tristeza constante.


Samuel S. Lima
26 de Agosto de 2024. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Poema: Você teve a mais pura parte de mim

 

No desabrochar de minha mocidade, 
Me lancei à paixão sem maldade, 
Ludibriado pela promessa de um amor eterno, 
Que rebuliçava minha vida em um inferno.

Eu insistente, por ele me refazia, 
Suprimindo minha personalidade, 
Diante de sua vaidade, 
Minha vida se transformava em agonia.

Me doei a ele, sem esperar retorno, 
Moldando minha vida ao bel prazer do seu contorno, 
Perdi de vista quem eu era, 
E tudo que sobrou foi a sombra do que ele queria.

Doei o que eu não tinha, 
E terminei esvaziado, 
Como um rio que seca lentamente, 
Até que reste apenas um leito árido.

Nem o frescor do teu sorriso, 
Que aos poucos virou meu inimigo, 
Destruindo a mais pura inocência, 
Uma ferida sendo aberta diante da convivência.

E no fim, você teve a parte mais pura que havia em mim, 
E mesmo assim, não foi suficiente,
Um amor impaciente,
Que nunca se contentou com o dispôr
Com meu simples amor. 


Samuel S. Lima
20 de Agosto de 2024


Poema inspirado em comentário do TiK Tok. 

@Renita Santos: "E você teve a parte mais pura que avia em mim,e mesmo assim não foi suficiente……"

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Poema: Reflexos da Alma Perdida

 

No olhar, uma esperança tênue, 
Do outro lado, apenas um reflexo fugaz, 
Dentro de mim, um estilhaço, 
Maquiado pela ânsia de uma felicidade idealizada.

Busquei em cada canto o modelo perfeito, 
A paz que os homens tanto almejam, 
Mas desviei do real, tropecei no imaginário, 
E me vi diante da ilusão, que sorria à minha frente.

Quando percebi, a vida idealizada estava em pedaços, 
Cacos espalhados, espelhando a fragilidade da minha fantasia, 
Refletindo uma miragem, adocicada de loucura, 
Que jorrava de mim, como um rio me deixando vazio.

Agora, em um solo desértico, 
À mercê da miragem traiçoeira, 
Eu vejo, mas não alcanço, 
O almejo da minha alma, dissolvido em poeira.

Samuel S. Lima
17 de Agosto de 2024

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Poema: Preciso de alguém que fique ao meu lado

 



Nas encruzilhadas do meu caminho,
Tropeço nas pedras da tua hesitação,
Enquanto busco a linha reta,
Você se perde em curvas de indecisão.

Eu não posso parar para ajustar cada passo,
Enquanto sua alma vaga sem direção,
Preciso de um destino firme,
Onde minha vontade encontre ressonância,
e minha jornada não se dilua na sua confusão.

Quero alguém que, ao final do dia,
Não precise ser arrastado pela tempestade,
Mas que escolha estar ao meu lado,
Por vontade, por querer, e não por necessidade.

Quando meu mundo desabar,
Quero sentir a força de uma mão que não vacila,
Que permaneça não porque não pode partir,
Mas porque o desejo de ficar é mais forte que qualquer fuga possível.

Samuel S. Lima
09 de Agosto de 2024

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Poema: Despedida

 



Eu juntei o resto de mim em um saco, 
Enquanto o espelho refletia meu próprio fiasco. 
Num lar vazio, impregnado pela fragrância 
De um amor que só trouxe dor e ânsia.

No espelho, apenas um espectro do que já fui, 
Nas mãos, os estilhaços de uma história que se dilui. 
No peito, uma voz sussurra, pedindo pra ficar, 
Mas na mente, o desejo insano de simplesmente escapar.

Despedir-me  em silêncio, sem ecoar lamúrias, 
Longe das vozes que opinavam sem saber das penúrias, 
De um amor vazio, onde só eu me permitia amar. 
Foi na solidão que encontrei forças para me afastar.

Com uma lágrima no olhar
E a punhalada no coração, eu parti para nunca mais voltar,
No silêncio de uma despedida que ninguém ouviu, 
Parti, deixando para trás o que jamais se viu.

Não fui embora por não querer ficar, 
Mas porque, ao seu lado, não havia mais um lugar. 
Parti, sem olhar para trás, sem deixar rastro, 
E no vazio da noite, me perdi, sem mais lastro.

Samuel S. Lima
09 de Agosto de 2024

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Poema: Ciclo do decadente do amor

 

No reboliço de borboletas
Que borbulhava no meu estômago
Eu via meu amor crescendo
Como sol ao amanhecer
Teu sorriso iluminva meu mundo
Transformando meu inverno em um verão pleno.

E na juventude desse amor
Iludi-me pela esplendorosa esperança
Que aos meus olhos brilhava como de uma criança

Mas dá primavera desse amor
Veio o outono, que logo se transformou em inverno tenebroso
Eu amando ele, enquanto se esvaia como folhas que despedaçado pelo chão

Um belo amor, se transformou em galhos seco
Com seus resto espalhado pelo vento
Diante do meu jardim, não há mais nada
A beleza efêmera do amor
Maquiada pela vaidade
Resumida a nada
Fragilizou-se ao ponto de se romper
Hoje nem fagulhas do seu brilho
Apenas ruínas de lembranças
De um amor que não resta mais nem esperança.

Samuel S. Lima
09 de Agosto de 2024

domingo, 11 de agosto de 2024

Poema: Vida a sombra da indecisão

 

Eu não posso viver moldando 
Minha vida à sombra da tua indecisão, 
Sem nunca saber o que pulsa 
Dentro do teu coração.

Não vou desviar meu rumo, 
Cada vez que tua infantilidade 
Destrói meus sonhos com tua instabilidade, 
Tornando inútil cada meta que tracei.

Preciso encontrar minha verdade, 
Mesmo que seja em caminhos 
Onde teu rastro não permaneça, 
Pois na linha do teu gráfico, 
Minha vida não se encaixa.

Eu preciso da certeza de um alguém, 
Que, ao fim do dia, 
Quando a derrota me envolver, 
Esteja lá para segurar minha mão 
Enquanto meu mundo desmorona.

Que fique, não porque não há outra saída, 
Nem por falta de forças para partir, 
Mas por escolher ficar, 
Por querer estar, 
Mesmo quando tudo ao redor desaba.

Samuel S. Lima
08 de Agosto de 2024

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Poema: Em Busca de Migalhas


Eu implorei por migalhas de um amor,

Me sentindo um nada diante de sua grandeza,

Fraco e inapto diante de seu esplendor,

Me arrastando atrás de ti com destreza.


Mas minha busca se mostrou inútil,

Diante da frieza de seu olhar.

Toda labuta,

Foi resumida em nada.


As costas me viraste,

E em outros braços,

Tu se lançaste.



Poema: Caixa de lembranças

 Guardei as lembranças 

Envelhecidas, 
Na caixa de meus segredos, 
Maquiadas pelo tempo 
E pelo desespero.

Quando dei por mim, 
Restaram apenas trapos de histórias, 
Uma caixa cheia de tranqueiras 
E o coração vazio 
De um reboliço que nunca teve fim.

Você seguiu sem olhar para trás, 
Com seus passos firmes em outros caminhos, 
Enquanto eu, com a caixa nas mãos, 
Mantive as fantasias rasgadas, 
Censuradas pelo silêncio aprisionada no coração.

Agora, as memórias se apaga, 
Como cartas nunca enviadas, 
Enquanto o amor se perde no tempo
Vagueia ao vento, 
Esquecido, como os dias que não voltam mais,
Martirizando a minha paz.

Samuel S. Lima
08 de Agosto de 2024

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Poema: Despertar

 

Fui arrancado bruscamente
Do escombro da inebriante ilusão
Que envenenava o coração
E jogado na realidade abruptamente

Em ânsia pelas solavancada do real
Que se opunha ao imaginário
Me desconstruir
Minhas crenças se demoronaro
E meus olhos doiam pra realidade
Era terrível, mas nescessário

A verdade era uma miragem dos meus anseios
E o controle era uma falsa ilusão
E sem nada pra me agarrar
Cai, me quebrei
Me erguir e me construir

E solitário nos caminhos dos viajantes
Busco o que real, apesar de inconstante
Melhor a dura realidade
Do que a falsa segurança da "verdade"

Hoje trilho o caminho de mãos vazios
Hoje só, solitário
De mãos vazios por esse caminho pecorro
Vazio entrei
E vazio sairei.


Samuel 15 de Julho de 2024. 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Poema: Caído ao pé do podio

 

Corri na pista dos atletas,
Lutei na arena dos guerreiros.
Aplaudi a subida no pódio,
Regozijei as vitórias dos vencedores.

Celebrei cada escolhido,
Como se a conquista fosse minha.
Mas, no fim, permaneci só,
Nunca sendo o nome anunciado.

A solidão foi o preço da escolha,
Fiquei à margem, observando.
Aos pés dos degraus, contemplei,
O erguer da taça nas mãos dos outros.

E enquanto a multidão aclamava,
Eu, em silêncio, nos degraus cair.
Não houve vitória para mim,
Apenas a solidão esperando meu fim.

Samuel S. Lima
04 de Agosto de 2024

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Poema: Pássaros criado em cativeiro

 

Dizem que pássaro criado em cativeiro
A liberdade é assustadora

Por mais que eu lutei em busca da minha liberdade
Com veemência, em vão foi minhas forças falhado na luta contra as grade que me aprisionava
Por elas serem invisível, jamais soube até onde seu alcance estava
E em batalha tombada
E com medo da imensidão que a frente estava
A minha solidão me aprisionava
A liberdade virou sinônimo de assustador
E até mesmo aconchego encontrei na dor

E até hoje, por mais que eu tenho lutado, minha liberdade nunca foi alçada
Passaros criado em cativeiro, liberdade também é prisão

Samuel S. Lima

31 de Agosto de 2024

domingo, 4 de agosto de 2024

Poema: Você Foi o Meu Talvez


Você foi o meu talvez,

A hesitação na linha tênue do possível,

O vislumbre de um futuro improvável,

A promessa de algo inesquecível.


Fomos em um tempo distante 

Rascunhos de uma história não vivida,

Palavras apagadas antes de serem ditas,

Silêncios que gritavam a chance perdida.


Nosso amor, um sonho adiado,

Suspenso na delicadeza do "e se",

Um encontro de olhares que nunca se completou,

Uma frase inacabada ao som de uma de palavras que nunca se falou.


Você foi o meu talvez,

O que poderia ter sido um universo,

Se os caminhos tivessem se cruzado,

Se os medos não tivessem nos dispersado.


E assim, seguimos caminhos distantes,

Vida diferentes que nunca chegou a se encontrar,

Você, o meu talvez, que se tivesse sido,

Teria sido um amor a eternizar.


No entanto, sobrou apenas um olhar a esperar 

Uma vida a indagar

De um e se eternizado de impossível

Que se tivesse sido, teria sido incrível 


Samuel S. Lima 

03 de Agosto de 2024



quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Poema: Ti amei.

 


Assim como a lua, esplêndida no céu, 
Te observei, distante, sem jamais te ter, 
Tão próxima em sonhos, tão longe ao despertar, 
Um alvo que jamais consegui alcançar.

Na noite silenciosa, teu brilho me guiava, 
Como um farol de esperança,
que a minha alma buscava, 
Como a lua, intocável, no vasto firmamento, 
Te amei em segredo, em todo momento.

Tua luz iluminava meus passos na escuridão, 
Ofuscado na imensidão, 
Teu coração, uma lugar que nunca pude morar, 
Meu coração te amou, sem nunca te alcançar.

E na quietude da noite, permaneci esperando 
Amando-te de longe, na solidão chorando,   
Como a primavera espera as flores, em todas as estações ti esperei

Como verão que não tem chuvas, 
Eu sei que nunca ti terei
Ti amarei eternamente, mesmo sem poder ti alcançar 
E no céu da minha vida, tua beleza sempre vai estar
Um amor inalcançável, que nunca poderei apagar



Samuel S. Lima
29 de Julho 2024

O Preço da Dedicação

O Preço da Dedicação Eu escalei os montes por você, Na terra, cultivei a mais belas das rosas, E por ti recolhi o mais doce néctar. No d...