Materializando em atos sua própria vontade,
Tingindo o tecido social
Com as cores que aos seus olhos realçavam,
Enquanto as minhas próprias,
Seu tingimento manchava.
Mas por ele, eu entreguei mais do que pude,
Como caneta que esvazia seu tinteiro,
Floreando o papel de nossa história,
Que em um monólogo apenas
Lisonjeava as tuas vitórias.
E assim, aos poucos perdi-me,
Pálido, sem cor,
Apenas sendo consumido pelo rancor.
Enquanto o papel de nossas histórias,
Manchado, seja pelo tempo, ou pelo desgaste de nossa história,
Se desintegrava, assim como eu.
E quando dei por mim,
Já não havia mais cor,
Apenas rancor.
Quando olhei a história,
O papel era sobre você,
E nada sobre mim.
Todos esforços, nas linhas grafadas,
Era tua imagem que era exaltada,
Nada de mim, só vocês a sós,
Nada de nós.
Samuel 26 de Julho de 2024
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