Que pulsa como um hematoma,
Que quer sangrar e me afeta, sufocando,
Queimando como uma febre,
E em meio ao leito, não encontro paz.
Ela se faz presente, mesmo quando me abandono,
Ela me sonda, martelando minha mente,
E na inquietude, almejo o golpe de misericórdia.
Mas a saudade é cruel, me faz lembrar,
Para, na harmonia dos meus pensamentos, causar discórdia.
Ela não dá o golpe de misericórdia,
Porque é mais prazeroso sua atitude sortida.
Tortura-me todos os dias, saturando
Na minha mente todas as vias, e não me deixando em paz.
Sou prisioneiro de suas teimosia,
Aprisionado na sua masmorra sombria.
Cada minuto, cada hora, cada dia
É como uma lança, a perfurar minhas noites vazias.
O silêncio grita, a dor persiste,
No peito, um vazio impreenchível.
A saudade, um sentimento intangível
Um espaço sem chão, a alma insiste.
E na escuridão da noite, vem a cobrança,
Uma sombra que se arrasta e me consome.
A cada passo, um eco de lembrança,
Um sussurro que me chama pelo nome.
Assim, em noites neste tormento sem fim,
Esperando ela dá o golpe de misericórdia
E a este tormento por um fim
Mas, ela prefere manter-me vivo
E atormentar-me por dias a fim.
Samuel S. Lima
11 de Julho de 2024
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quinta-feira, 11 de julho de 2024
Poema: Lembranças
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