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quinta-feira, 11 de julho de 2024

Poema: Lembranças


Que pulsa como um hematoma,
Que quer sangrar e me afeta, sufocando,
Queimando como uma febre, 
E em meio ao leito, não encontro paz.

Ela se faz presente, mesmo quando me abandono, 
Ela me sonda, martelando minha mente, 
E na inquietude, almejo o golpe de misericórdia. 
Mas a saudade é cruel, me faz lembrar, 
Para, na harmonia dos meus pensamentos, causar discórdia.

Ela não dá o golpe de misericórdia, 
Porque é mais prazeroso sua atitude sortida. 
Tortura-me todos os dias, saturando 
Na minha mente todas as vias, e não me deixando em paz.

Sou prisioneiro de suas teimosia, 
Aprisionado na sua masmorra sombria. 
Cada minuto, cada hora, cada dia
É como uma lança, a perfurar minhas noites vazias.

O silêncio grita, a dor persiste, 
No peito, um vazio impreenchível. 
A saudade, um sentimento intangível
Um espaço sem chão, a alma insiste.

E na escuridão da noite, vem a cobrança, 
Uma sombra que se arrasta e me consome. 
A cada passo, um eco de lembrança, 
Um sussurro que me chama pelo nome.

Assim, em noites neste tormento sem fim, 
Esperando ela dá o golpe de misericórdia
E a este tormento por um fim
Mas, ela prefere manter-me vivo
E atormentar-me por dias a fim.

Samuel S. Lima
11 de Julho de 2024

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