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sábado, 29 de junho de 2024

Poema: Agonia da Existência

 

*Agonia da Existência**


Suspirando, sinto a agonia de estar vivo,

Empurrando o intragável, com dor no olhar,

Meu estômago em revolta, não quer aceitar,

O horizonte distante, vazio, inativo.


Pressionado além do que posso suportar,

Seguro a lágrima, que teima em rolar,

Neste quarto vazio, sem ninguém a esperar,

Uma vida não vivida, sonhos a desmoronar.


O leito, frio e só, não me traz calma,

Pesadelos me esperam, atormentam a alma,

Perambulando pelas vielas da vida,

Uma existência vazia, uma jornada perdida.


Sem futuro, sem rumo, apenas a caminhar,

Esbaforido de tédio, sem forças para lutar,

A agonia de ainda está vivo, pesa em meu ser,

Nesta carcaça cansada, que ainda tenho que levar.


Samuel S. Lima

26 de junho de 2024.



quarta-feira, 26 de junho de 2024

Poema: Deixa eu secar minhas lágrimas

 

Deixe-me secar minhas lágrimas  

Enquanto choro  


Enquanto vejo meus sonhos se desmoronando pelo chão  

Deixe-me olhar para essa estrada pela última vez  

Para essa estrada que jamais trilharei  


Estou segurando o final da linha do destino  

Enquanto a ponta escorrega pelas minhas mãos  

Esse sonho jamais se realizará  

Apenas o sentimento do fracasso e da vergonha  

Que pulsa por dentro  

Coagulando o sangue  

Que insiste em jorrar  


Deixe-me secar minhas lágrimas  

Pois não há mais nada pelo qual vale a pena chorar.  


A estrada se despede silenciosa,  

Testemunha do meu caminhar trêmulo,  

Onde sonhos se quebram,  

E esperanças desmancham no pó.


Segurando a linha do destino,  

Sinto-a escapar entre meus dedos,  

Um sonho que nunca será,  

Deixando apenas fracasso e vergonha.


O sangue coagula em minhas veias,  

Com a dor que se recusa a parar,  

E as lágrimas que caem,  

Sem nada mais por que lutar.


Deixe-me secar minhas lágrimas,  

Pois nada resta pelo que vale a pena chorar.  


O adeus a essa estrada é amargo,  

Um último olhar ao que não será,  

Aceitando a perda,  

De um sonho que não se concretizará.


No silêncio do meu choro,  

Encontro um fim melancólico,  

Deixando para trás a dor,  

Para que novas esperanças possam brotar.


Deixe-me secar minhas lágrimas,  

Pois nada mais há pelo qual vale a pena chorar.


Samuel S. Lima 

26 de Junho de 2024

terça-feira, 25 de junho de 2024

Poema: Como uma folha que cai em chamas

 

No crepúsculo da nossa história,

Como uma folha que cai sem remorso,

Meu amor queimou até o último suspiro,

Cinzas levadas pelas águas do mar.


Meus olhos fechei para não testemunhar

A dor da nossa separação,

Ceguei-me para não ver desmoronar

A paixão que era minha inspiração.


Como chamas devoradoras,

Espalhadas pelo vento impiedoso,

Minha ilusão se desfez em fragmentos,

Levados para longe, além do meu alcance.


Agora, desfeito em pedaços dispersos,

Nunca mais poderei reconstruir,

E nunca mais, jurarei a mim mesmo,

Me entregar a outro amor, jamais me apaixonar.

domingo, 23 de junho de 2024

Poema: Fim de tarde

 


Nos meus pensamentos,  

Entre fantasias e melodias,  

Sinto uma alegria intensa.


Mas a realidade diária me leva  

Por diferentes cenários,  

Estágios que me fazem perder-me.


No fim, resta a solidão,  

A colisão entre o ideal  

E o mundo real.


E em cada desfecho,  

Permaneço só,  

Apenas eu  

E minha solidão.


Samuel S. Lima 

23 de Junho de 2024


sexta-feira, 14 de junho de 2024

Poema: Silêncio

 No silencioso

Sem resposta
Na escuridão
Sucumbindo
Sem sua voz

Se você me abraçasse
Poderia descansar em paz

Aqui nessa fria noite
Debaixo desse céu
Que desaba em lágrimas
Sobre mim
E cada vez que fecho os olhos
Pesadelos me assombra

Em tormento me deito
E em desespero acordo
E já faz anos
Que você não dar a mínima
Tenho medo de na minha dor
Eu desmoronar
E você não está lá
Para mim amparar

Desmoronando no silêncio
Escuro e frio
Ludibriado por esse algoz
E se você chamar
Acordarei desse pesadelo
Pelo som de sua voz.


Samuel S. Lima
04 de Março de 2024

Poema: Me entreguei

 Uma vez, entreguei meu ser sem reservas,

Minha alma, como um presente, a ele dei.

Qual espelho, refletindo o sol, tão claro,

Deixei nas sombras o que de mim restei.


Mas um dia, seu olhar, tão penetrante,

Vasculhou cada parte com avidez,

E percebeu, além do brilho radiante,

As sombras ocultas em minha tez.


Assustado, talvez, pela verdade crua,

Ele viu além da máscara que usei,

E no silêncio, a luz da lua nua,

Desvendou segredos que ocultei.


Agora, diante do espelho da alma,

Encaro meu reflexo com mais clareza,

Pois mesmo na escuridão que me acalma,

Ele viu a verdade, sem sutileza.


Samuel S Lima

29/03/2024


Referência: Série Roda do Tempo. 



Poema: Eu amei sozinho.

 No silêncio das noites solitárias,

Amei sozinho, sem testemunhas,

Meu coração ecoava nas sombras,

Em um amor que nunca teve asas.


No jardim da minha alma, floresceu

A paixão que ninguém pôde perceber,

Cada batida, um segredo sussurrou,

Na solidão, meu amor quis viver.


Nas estrelas, encontrei meu consolo,

Nos sonhos, tua presença constante,

Mas na realidade, um vazio profundo,

Apenas eu, amando, incessante.


Sozinho caminhei por esse trajeto,

Sem destino, sem ninguém ao lado,

Amando em silêncio, nesse deserto,

Eu amei sozinho, todo esse tempo amado.


Samuel S. Lima 23/03/2024

Poema: Rastro na Areia

 


Eu seguir teus passos na areia
Perambulando pelos desertos
Diante de um destino incerto
Caminhei sem direção

Eu tentei ti acompanhar
Buscando teus passos
Me arrastando pelos estreitos espaços
Procurando ti encontrar

Mas na aridez de minha solidão
Diantes de minha incapacidade
Percebi que não poderia alcançar a tal felicidade
Me desfiz em pedaços no areião

Eu seguir os teus passos pelo caminho
E fiquei para trás
Longe demais para ti alcançar
Distante demais para voltar
Me perdi nos rastro do teu caminho.


Samuel S. Lima 

4 de abr. de 2024

Poema: Tampando minhas feridas

 Estou tampando minha ferida

Enquanto as outras sangram do outro lado
Segurando o tempo
Sabendo que durará apenas um instante
Enquanto olho a vida esvaindo
Pelas minhas frágeis mãos
Um olhar errante no horizonte
E um coração inconstante
Moído pelas pisaduras
Ferido na batalha
Sangrando na sombra
Estou segurando a última gota de lágrima
Esperando chegar em casa
Para retirar a máscara
Desabar a maquiagem
Estou segurando o sangramento
Enquanto manchas se estende pelo caminho
Na escuridão se esconde
E na solidão se consome
Deixa eu tapar o sagramento
Enquanto tudo se esvai pelas frestas dos meus dedos
Expõe os meus medos
E revela minha destruição

Samuel 4 de Janeiro de 2024

Poema: Desgarrado

 Eu sou o filho que de teus braços 

Tu rejeitaste 

Em discursos odiosos 

Tu infligiste a minha expulsão

Esquecido no ninho

Ou fora dele

Em teu abrigo não encontrei morada

Sucumbido em olhos errantes 

Em grito brandante

E amordaçado


Em mãos vazias 

Eu passei 

Sem colo 

Sem aconchego dos lençóis 

Assim, caminhando a sós

Pela estrada em procura de mim mesmo

Sem foto 

meu passado 

Se esqueceu 


Samuel 21 de Outubro de 2023




segunda-feira, 10 de junho de 2024

Poema: Me lancei no desconhecido

 


Eu me lancei ao desconhecido
Me transvestir em um personagem
Me vi envolvido em fumaças
Figurando o um anseio do que achava que você desejava
Me tornei uma projeção dos teus anseios
Enquanto abria mão de mim mesmo
Me lancei no desconhecido
Buscando as ferramentas nescessária que pudesse fazer você me amar
E me despadecei ao logo da caminha
Hoje fraco
Sem destino
Apenas vendo tua história
Distante da minha se concretizar
E em outros braços
Teu acochego encontrar

Samuel S. Lima
8 de junho de 2024 

domingo, 9 de junho de 2024

Poema: Catando migalhas

 


Se apegando a qualquer migalhas
Jogada
E agarrando como se fosse a última
Me apeguei ao que eu não tinha
Em cada vulto jogado ao ar
Esperei como se fosse a minha vez
Em cada olhar esperei um admiração
E cada vez que você o direcionava em outra direção
Uma decepção
Me arrastei na esperança de um sorriso
De uma aprovação
E então percebi que tudo era fruto de minha imaginação
Até às migalhas catada no chão
Era uma miragem
Terminei com o coração cheio de ilusão
E minhas mãos vazias
Caído ao chão
Sem nem migalhas
Para preencher esse coração

Samuel 07 de junho de 2024

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Poema: Doeu muito e ainda dói.

 


Doeu muito, e ainda dói.
Como uma dor latente
Que nunca vai embora
Como uma faísca próxima a gasolina
Sempre a um passo de explodir
Doeu como nunca tinha imaginado
Cada batida do ponteiro do relógio
Uma lembrança ecoando peito a fora
Que ecoa reverberando em dores
Que jorra, que sangra
E mesmo empurrando tudo pra dentro
Insiste em voltar, como uma ânsia
E ainda que despejo
É como se fosse um fonte que nuca seca
E segue doendo
A cada vez que me vejo no meu olhar
Como uma tela retroprojetando
Cada parte do meu passado
Picotado de piores momentos
E por mais que eu esqueça
Por mais que eu perdoe
E ainda que me cure
Essa dor nunca vai embora.

Samuel S. Lima
30 de Abril de 2024

Poema: Ouvi seu sussuros

 


Eu ouvi seu sussuros
Que se escondia na penumbra
Chamando pelo meu nome
Alimentando uma esperança
O mito do herói
Abracei a causa
Como o iludido que encontra seu salvador
Mas abracei um espinheiro
Que só me causou dor
Através do seu olhar angelical
Não percebi sua malícia
No seu sorriso acolhedor
Não notei o obsessor

Me mantive vigilante
Mas os anos de esperança
Esperar se tornou agoniante
Então me envolvi na neblina
Do desejo
Saturado pelo acochego
Até não perceber
O que tu estava a esconder
Acordei sentindo a ponta de tua espada
Em minhas costa cravada
E tuas ausência na estrada
Indo embora com sua risada

Samuel S. Lima
02 de junho de 2024

Poema: Eu sou apenas um ser feio

 

Eu sou apenas um ser feio 

Afogando debaixo dessa imensidão

Na vastidão, perdido em agonia.

Sem ser digno de teu amor, só encontro desespero,

Na solidão profunda, desejo apenas o esquecimento.


Enquanto tua luz brilha na superfície, Observo de longe, resignado e triste.

Teu esplendor distante, uma lembrança dolorosa,

Enquanto me entrego ao destino sombrio.


Deixa-me descansar na escuridão silente,

Escondido dos olhos que brilham no alto.

 Reconheço minha indignidade diante de tua grandeza,

E aceito meu destino final na escuridão eterna.


Samuel Sousa Lima

04 de Junho de 2024

O Preço da Dedicação

O Preço da Dedicação Eu escalei os montes por você, Na terra, cultivei a mais belas das rosas, E por ti recolhi o mais doce néctar. No d...