*Agonia da Existência**
Suspirando, sinto a agonia de estar vivo,
Empurrando o intragável, com dor no olhar,
Meu estômago em revolta, não quer aceitar,
O horizonte distante, vazio, inativo.
Pressionado além do que posso suportar,
Seguro a lágrima, que teima em rolar,
Neste quarto vazio, sem ninguém a esperar,
Uma vida não vivida, sonhos a desmoronar.
O leito, frio e só, não me traz calma,
Pesadelos me esperam, atormentam a alma,
Perambulando pelas vielas da vida,
Uma existência vazia, uma jornada perdida.
Sem futuro, sem rumo, apenas a caminhar,
Esbaforido de tédio, sem forças para lutar,
A agonia de ainda está vivo, pesa em meu ser,
Nesta carcaça cansada, que ainda tenho que levar.
Samuel S. Lima
26 de junho de 2024.