Translate

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Poema: Me entreguei

 Uma vez, entreguei meu ser sem reservas,

Minha alma, como um presente, a ele dei.

Qual espelho, refletindo o sol, tão claro,

Deixei nas sombras o que de mim restei.


Mas um dia, seu olhar, tão penetrante,

Vasculhou cada parte com avidez,

E percebeu, além do brilho radiante,

As sombras ocultas em minha tez.


Assustado, talvez, pela verdade crua,

Ele viu além da máscara que usei,

E no silêncio, a luz da lua nua,

Desvendou segredos que ocultei.


Agora, diante do espelho da alma,

Encaro meu reflexo com mais clareza,

Pois mesmo na escuridão que me acalma,

Ele viu a verdade, sem sutileza.


Samuel S Lima

29/03/2024


Referência: Série Roda do Tempo. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poema: Agonia da Existência

  *Agonia da Existência** Suspirando, sinto a agonia de estar vivo, Empurrando o intragável, com dor no olhar, Meu estômago em revolta, não ...