Translate

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Poema: Deixa eu secar minhas lágrimas

 

Deixe-me secar minhas lágrimas  

Enquanto choro  


Enquanto vejo meus sonhos se desmoronando pelo chão  

Deixe-me olhar para essa estrada pela última vez  

Para essa estrada que jamais trilharei  


Estou segurando o final da linha do destino  

Enquanto a ponta escorrega pelas minhas mãos  

Esse sonho jamais se realizará  

Apenas o sentimento do fracasso e da vergonha  

Que pulsa por dentro  

Coagulando o sangue  

Que insiste em jorrar  


Deixe-me secar minhas lágrimas  

Pois não há mais nada pelo qual vale a pena chorar.  


A estrada se despede silenciosa,  

Testemunha do meu caminhar trêmulo,  

Onde sonhos se quebram,  

E esperanças desmancham no pó.


Segurando a linha do destino,  

Sinto-a escapar entre meus dedos,  

Um sonho que nunca será,  

Deixando apenas fracasso e vergonha.


O sangue coagula em minhas veias,  

Com a dor que se recusa a parar,  

E as lágrimas que caem,  

Sem nada mais por que lutar.


Deixe-me secar minhas lágrimas,  

Pois nada resta pelo que vale a pena chorar.  


O adeus a essa estrada é amargo,  

Um último olhar ao que não será,  

Aceitando a perda,  

De um sonho que não se concretizará.


No silêncio do meu choro,  

Encontro um fim melancólico,  

Deixando para trás a dor,  

Para que novas esperanças possam brotar.


Deixe-me secar minhas lágrimas,  

Pois nada mais há pelo qual vale a pena chorar.


Samuel S. Lima 

26 de Junho de 2024

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poema: Agonia da Existência

  *Agonia da Existência** Suspirando, sinto a agonia de estar vivo, Empurrando o intragável, com dor no olhar, Meu estômago em revolta, não ...