Doeu muito, e ainda dói.
Como uma dor latente
Que nunca vai embora
Como uma faísca próxima a gasolina
Sempre a um passo de explodir
Doeu como nunca tinha imaginado
Cada batida do ponteiro do relógio
Uma lembrança ecoando peito a fora
Que ecoa reverberando em dores
Que jorra, que sangra
E mesmo empurrando tudo pra dentro
Insiste em voltar, como uma ânsia
E ainda que despejo
É como se fosse um fonte que nuca seca
E segue doendo
A cada vez que me vejo no meu olhar
Como uma tela retroprojetando
Cada parte do meu passado
Picotado de piores momentos
E por mais que eu esqueça
Por mais que eu perdoe
E ainda que me cure
Essa dor nunca vai embora.
Samuel S. Lima
30 de Abril de 2024
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