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quarta-feira, 31 de maio de 2023

Poema: Despedida

 Chorando pra dentro 

Pra ninguém nota

Estancando a dor

Com minhas trêmulas mãos

Engasgado com o próprio grito

Eu insisto em ti respiração 

Arrastando minha carcaça 

Enquanto minha existência não passa 

Até o sepulcro ti carrego

Oh solidão.


Consumido pela dor

Me afogando nas trevas da escuridão 

Os fantasma do desespero

Na melodia anuciativa

Toca seu último acorde

Acionando o gatilho

Que nosso enterro

Se aproxima


E em lágrima me desfaleço

E da páginas do tempo

Desapareço  

Oh triste solidão

oh triste solidão.


(28/07/2021)


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