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domingo, 25 de fevereiro de 2024

Poema: Do outro lado da estrada

 

Imagem da internet

Do outro lado da estrada está meu orgulho
Meu amor e minha desilusão
Encantado pela magia
Reverberada pelo meu olhar
Que se elança num baralhado
De platonismo com ilusão
Que encanta
Como música tocada na lira
Romantizada na flauta
Do flautista apaixonado
Do outro lado da estrada
Está meu desejo do futuro
Floreado de sedução

Mas do outro lado da estra também está
A marca da crueldade do tempo
Com rugas pincelada
Dos anos de espera
E manchada pela desilusão
Concretada no tempo
Moldurada de decepção
Mas do outro lado da estrada
Está o choque de realidade
Do olhar desperdiçado
Da em vão esperança
Que revela que do outro lado da estrada
Eu continuo com os mesmo olhos
De esperança
Sentado no banco da expectativa
Sendo plateia pro desenvolver
Das histórias, dos amores que não posso ter
Do meu lado da estrada
Só consigo ver
Tantas histórias que poderia ter vivido
O amor não correspondido
As vidas que seguiram
Enquanto do outro lado da estrada
Não resta mais nada
Apenas a marca do tempo
Pois não há mais o que se ver
Pegadas do tempo
Do tempo em que,
Do outro lado da estrada, estava você
Mas como poeira arremessada pelo vento
Como folha sem direção
Tua imagem passou
Seguiu seu curso
Enquanto aqui eu estou
Do outro lado da estrada
Sempre a olhar
A vida que mim restou
A face do tempo
O findar da história
Da estrada, da esperança
Do olhar choroso
Da minha estrada
Que em lados opostos
Nunca cruzou
E sem deixada de lado
Eternamente sem poder cruzar
Desapareço do tempo
Sem ninguém notar
Do outro lado da estrada
A empoeirar
Eternamente, apenas do outro lado da estrada
Pois não há mais nada a esperar
Do outro lado da estrada.

Samuel 25 de Fevereiro de 2024.



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