Há quanto tempo esses olhos olham o horizonte de esperança, enquanto essas mãos juntadas em súplica de oração não respondida, caiem vencidas pelo tempo.
Cada janeiro traz consigo a nova espera,
Mas dezembro sempre chega, sem nada a mudar.
O ano renasce, e o olhar se repete,
Mas o passado, como eco, insiste em gritar.
Há quanto tempo esses olhos se erguem,
Buscando no horizonte um sinal que não vem,
Enquanto as mãos, já trêmulas, se unem em fé,
Suplicam o milagre que o tempo retém.
O silêncio é resposta, dia após dia,
E a esperança, como a chama, vacila e cai,
Que o que se pede, por mais que se clame,
Permanece distante, impossível de alcançar.
E assim, as mãos, antes fortes, se rendem,
Caindo vencidas, sem nada a ofertar,
Pois o que se busca em oração sofrida,
É uma promessa que não vai chegar.
Samuel S. Lima
12 de Setembro de 2024
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terça-feira, 17 de setembro de 2024
Fé quebrada
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