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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Banco de espera


Minha vida é um eterno banco de rodoviária, onde muitos chegam, mas no final, todos partem. 

Resta apenas um olhar atrás do ônibus que se vai, 
uma esperança destruída, um muro desconstruído. 

Quando partem, levam consigo a esperança, 
e nesse banco, fica o desencanto, 
soterrado pela poeira deixada 
por passageiros que nunca fizeram morada. 

E assim, minha vida segue, com ouvidos que ouvem, 
mas com minha história que nunca é escutada. 
No final, o banco vazio, 
e a vida parada. 

Não há permanência, nem laços criados, 
sou ponto de passagem, abrigo de nada. 
Entre chegadas e partidas, sigo calado, 
um lugar de descanso, mas sem jornada.

E no final, apenas um banco de praça, onde muitos chegam, mas partem, nunca faz morada.


Samuel S. Lima
05 de Setembro de 2024.  

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